Carla Moreira Martins-de-Barros, Víctor M. Sosa Godínez, Jessica França, Célia Neves, Marly Silva
Resumen: Este artículo presenta una reflexión sobre el concepto de maretório y su relación con las luchas por derechos socioambientales de las mujeres extractivistas costeras y marinas del litoral de Pará, en la Amazonía brasileña. La investigación adoptó un enfoque cualitativo y exploratorio, basado en entrevistas, pesquisa documental, etnografías y registros en diarios de campo, en diálogo con epistemologías feministas y ecoterritoriales latinoamericanas. Argumentamos que el concepto de maretório ilustra un giro ecoterritorial, al emerger del conocimiento situado de un grupo de mujeres extractivistas costeras y marinas. Aunque frecuentemente invisibilizadas por la literatura, estas mujeres han protagonizado movilizaciones sociales que llevaron a la creación de áreas protegidas, como las Reservas Extractivistas Costeras y Marinas (RESEX MAR) en el litoral de Pará. Además, a pesar de los obstáculos impuestos por la desigualdad de género, estas mujeres han buscado ocupar espacios en la cogestión de estas áreas, al mismo tiempo que amplían su actuación en diferentes arenas sociopolíticas, tanto a nivel local como nacional e internacional. En este sentido, este estudio exploratorio buscó contribuir al debate sobre el concepto, al demostrar cómo adquiere un significado en el discurso movilizado por estas mujeres. Al colocar en el centro del análisis las experiencias de las mujeres extractivistas costeras y marinas, pretendemos ampliar la comprensión sobre el concepto y sus articulaciones en las luchas socioambientales.
Abstract: This article presents a reflection on the concept of maretório and its relation to the struggles for socio-environmental rights of the coastal and marine extractivist women of Pará’s coastline, in the Brazilian Amazon. The research adopted a qualitative and exploratory approach, based on interviews, documentary research, ethnographies, and field diary records, in dialogue with Latin American feminist and ecoterritorial epistemologies. We argue that the concept of maretório illustrates an ecoterritorial turn, as it emerges from the situated knowledge of a group of coastal and marine extractivist women. The act of naming - by articulating “tide” and “territory” in a single conception - expresses a particular way of perceiving and signifying the space they inhabit and use, constructing new forms of understanding their ways of life and struggles. Although frequently invisibilized by the literature, these women have played a leading role in social mobilizations that led to the creation of protected areas, such as the Coastal and Marine Extractive Reserves (Reservas Extrativistas Costeiras e Marinhas - RESEX MAR) in Pará’s coastline. Moreover, despite the obstacles imposed by gender inequality, these women have sought to occupy spaces in the co-management of these areas while also expanding their presence in different sociopolitical arenas, both locally, nationally, and internationally. In this sense, this exploratory study aimed to contribute to the debate on the concept by demonstrating how it acquires meaning in the discourse mobilized by these women. By placing the experiences of coastal and marine extractivist women at the center of the analysis, we seek to broaden the understanding of the concept and its articulations within socio-environmental struggles.
Resumo1: Este artigo apresenta uma reflexão sobre o conceito de maretório e sua relação com as lutas por direitos socioambientais das mulheres extrativistas costeiras e marinhas do litoral do Pará, na Amazônia brasileira. A pesquisa adotou uma abordagem qualitativa e exploratória, baseada em entrevistas, pesquisa documental, etnografias e registros em diários de campo, em diálogo com epistemologias feministas e ecoterritoriais latino-americanas. Argumentamos que o conceito de maretório ilustra um giro ecoterritorial, ao emergir do conhecimento situado de um grupo de mulheres extrativistas costeiras e marinhas. Embora frequentemente invisibilizadas pela literatura, elas protagonizaram mobilizações sociais que levaram à criação de áreas protegidas, como as Reservas Extrativistas Costeiras e Marinhas (RESEX MAR) no litoral do Pará. Além disso, apesar dos obstáculos impostos pela desigualdade de gênero, essas mulheres têm buscado ocupar espaços na cogestão dessas áreas, ao mesmo tempo em que ampliam sua atuação para diferentes arenas sociopolíticas, tanto em nível local quanto nacional e internacional. Nesse sentido, este estudo exploratório buscou contribuir para o debate sobre o conceito, ao demonstrar como ele adquire significado no discurso mobilizado por essas mulheres. Ao trazer para o centro da análise as experiências das mulheres extrativistas costeiras e marinhas, pretendemos ampliar a compreensão sobre o conceito e suas articulações nas lutas socioambientais.