Il presente studio si propone di indagare il rapporto tra l’accertamento penale e la presunzione di innocenza nell’ordinamento giuridico italiano, con particolare attenzione agli effetti prodotti dalla prescrizione penale. Istituto posto al crocevia tra il diritto sostanziale e processuale, la prescrizione è stata oggetto di numerosi interventi riformatori, l’ultimo dei quali ha introdotto, nel 2022, l’art. 344-bis C.p.p. Tale disposizione prevede l’improseguibilità dell’azione penale al superamento di specifici termini nei giudizi di impugnazione. Questo meccanismo, che affianca alla prescrizione sostanziale una forma di improcedibilità processuale, impone una riflessione approfondita circa le sue ricadute sul diritto dell’imputato a essere considerato non colpevole fino alla pronuncia di una condanna definitiva. In particolare, si tratta di comprendere se e in che misura la sostituzione della prescrizione sostanziale con un istituto di natura strettamente processuale, giustificata dall’obiettivo di garantire la ragionevole durata del processo, possa incidere sulle garanzie fondamentali dell’imputato.
The aim of this study is to examine the relationship between criminal investigation and the presumption of innocence in the Italian legal system, with particular attention to the effects of the statute of limitations. Situated at the crossroads of substantive and procedural law, this one has been the subject of numerous reformative interventions, the most recent of which, in 2022, introduced article 344-bis of CCP. This provision provides for the dismissal of the case if certain time limits are exceeded in the appeal proceedings. This new mechanism, which adds a form of procedural feature to the substantive statute of limitations, calls for in-depth analysis on its implications for the defendant’s right to be presumed innocent until a final conviction is pronounced. In particular, it is necessary to understand whether and to what extent the replacement of the substantive statute of limitations by a purely procedural instrument, justified by the objective of ensuring a reasonable duration of the trial, may adversely affect the fundamental guarantees of the accused.
Este estudo tem como objetivo investigar a relação entre a atividade de persecução penal e a presunção de inocência no ordenamento jurídico italiano, com especial atenção aos efeitos produzidos pela prescrição penal. Instituição situada na interseção entre o direito material e o direito processual, a prescrição tem sido objeto de diversas reformas legislativas, sendo a mais recente a introdução, em 2022, do art. 344-bis do Código de Processo Penal. Tal dispositivo estabelece a impossibilidade de prosseguimento da ação penal quando ultrapassados determinados prazos nos graus recursais. Esse mecanismo, que adiciona à prescrição material uma forma de improcedibilidade de natureza processual, exige uma reflexão aprofundada sobre seus impactos no direito do acusado de ser considerado inocente até o trânsito em julgado de uma sentença condenatória. Trata-se, em particular, de compreender se — e em que medida — a substituição da prescrição material por um instituto estritamente processual, justificada pelo objetivo de assegurar a razoável duração do processo, pode afetar as garantias fundamentais do imputado.