José Ediglê Alcantara Moura, Kilmer Coelho Campos
Este estudio analiza las limitaciones del valor de producción de las tareas temporales en la agricultura familiar del Nordeste, con un desglose entre regiones semiáridas y no semiáridas en los años 2006 y 2017. Los datos utilizados provienen del Ministerio de Agricultura Censos de 2006 y 2017, puestos a disposición por el Instituto Brasileño de Geografía y Estadística (IBGE). Para lograr el objetivo propuesto se utilizó la metodología de regresión múltiple con datos de panel, donde se utilizó como variable dependiente el valor de producción de las tareas temporales de la agricultura familiar. Las variables explicativas incluyeron personal empleado, área cosechada, dummies relacionadas con la intensidad de la orientación técnica, orientación de cultivos, presencia de cooperativas y ubicación de municipios en regiones semiáridas o no. El modelo de efectos aleatorios fue el que mejor se ajustó a los datos. Los resultados para el Nordeste, en general, indicaron que todos los coeficientes fueron estadísticamente significativos al nivel del 1%, con excepción de la dummy referida a la presencia de cooperativas, que no presentó significancia estadística. Con respecto a las regiones semiáridas y no semiáridas, las variables que evolucionaron más positivamente para el valor de la producción fueron el área cosechada y las rotaciones de cultivos. Además, la rotación de cultivos tuvo un impacto más significativo sobre el valor de la producción que la asistencia técnica, tanto en el Nordeste en su conjunto como en la región semiárida. Finalmente, la región no semiárida se destacó como la ubicación nororiental más adecuada para agregar valor a la producción de tareas temporales dentro de la tipología considerada. Los hallazgos brindan respaldo para la formulación de políticas públicas más eficaces, orientadas a valorar la agricultura familiar mediante el fomento de la diversificación productiva y la ampliación del área cultivada con base en prácticas sostenibles.
Palavras clave: agricultura familiar; desarrollo regional; municipios del Nordeste; datos de paneles.
This study aims to analyze the constraints on the production value of temporary tasks in family farming in the Nordeste, with a breakdown between the semi-arid and non-semi-arid regions in the years 2006 and 2017. The data used comes from the Agricultural Censuses of 2006 and 2017, made available by the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE). To achieve the proposed objective, the multiple regression methodology was used with panel data, where the production value of temporary family farming tasks was used as the dependent variable. Explanatory variables included employed personnel, harvested area, dummies related to the intensity of technical guidance, crop guidance, presence of cooperatives and location of municipalities in semi-arid regions or not. The random effects model was the one that best fit the data. The results for the Nordeste, in general, indicated that all coefficients were statistically significant at the 1% level, with the exception of the dummy referring to the presence of cooperatives, which did not present statistical significance. Not with regard to semi-arid and non-semi-arid regions, the variables that developed the most positively for the value of production were the harvested area and crop rotations. Furthermore, crop rotation had a more significant impact on the value of production than technical assistance, both in the Nordeste as a whole and in the semi-arid region. Finally, the non-semi-arid region stood out as the most suitable northeastern location for adding value to the production of temporary tasks within the typology considered. The findings provide support for the formulation of more effective public policies aimed at valuing family farming by encouraging productive diversification and expanding cultivated areas based on sustainable practices.
Keywords: family farming; regional development; nordeste municipalities; panel data.
Este estudo analisa os condicionantes do valor da produção das lavouras temporárias na agricultura familiar do Nordeste, com uma desagregação entre as regiões do semiárido e não semiárido nos anos de 2006 e 2017. Os dados utilizados provêm dos Censos Agropecuários de 2006 e 2017, disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para atingir o objetivo proposto, foi empregada a metodologia de regressão múltipla com dados em painel, onde o valor da produção das lavouras temporárias da agricultura familiar foi utilizado como variável dependente. As variáveis explicativas incluíram o pessoal ocupado, a área colhida, dummies relacionadas à intensidade da orientação técnica, rotação de culturas, presença de cooperativas e a localização dos municípios em regiões semiáridas ou não. O modelo de efeitos aleatórios foi o que melhor se ajustou aos dados. Os resultados para o Nordeste, de forma geral, indicaram que todos os coeficientes foram estatisticamente significativos ao nível de 1%, com exceção da dummy referente à presença de cooperativas, que não apresentou significância estatística. No que diz respeito às regiões semiárida e não semiárida, as variáveis que mais contribuíram positivamente para o valor da produção foram à área colhida e a rotação de culturas. Ademais, a rotação de culturas teve um efeito mais expressivo sobre o valor da produção do que a assistência técnica, tanto no Nordeste como um todo quanto no semiárido. Por fim, a região não semiárida destacou-se como a localização nordestina mais propícia para agregar valor à produção das lavouras temporárias dentro da tipologia considerada. Os achados fornecem subsídios para a formulação de políticas públicas mais eficazes, voltadas à valorização da agricultura familiar por meio do incentivo à diversificação produtiva e á ampliação da área cultivada com base em práticas sustentáveis. Palavras-chave: agricultura familiar; desenvolvimento regional; municípios nordestinos; dados em painel.