Brasil
El presente estudio tiene como objetivo analizar el fallo de la Acción de Incumplimiento de Precepto Fundamental (en portugués, Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, ADPF) n.º 153 por parte del Supremo Tribunal Federal (STF). Para ello se examina la interpretación otorgada a la Ley de Amnistía de 1979, especialmente en cuanto a su compatibilidad con los principios constitucionales de 1988. Se empleó un enfoque cualitativo, de naturaleza jurídico-dogmática, basado en el análisis de documentos oficiales y jurisprudencia, con especial atención a los fundamentos presentados en la adpf y a las manifestaciones de entidades como la Orden de Abogados de Brasil. Los resultados indican que el STF reconoció la validez de la amnistía concedida también a los agentes estatales involucrados en violaciones de derechos humanos durante la dictadura militar, sustentando que se trataba de un pacto político de transición con efectos bilaterales. Esta posición generó críticas y reacciones en el ámbito jurídico y político, sobre todo por confrontar obligaciones internacionales asumidas por Brasil en materia de derechos humanos. Se concluye que el Tribunal adoptó una interpretación conciliadora y estabilizadora de la norma, privilegiando la seguridad jurídica y la pacificación institucional en detrimento de la responsabilización penal, lo que evidencia la complejidad del equilibrio entre justicia transicional, memoria histórica y efectividad de los derechos fundamentales.
O presente estudo tem por objetivo analisar o julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) n.º 153 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), examinando a interpretação conferida à Lei da Anistia de 1979, especialmente quanto à sua compatibilidade com os princípios constitucionais de 1988. Utilizou-se uma abordagem qualitativa, de natureza jurídico-dogmática, baseada na análise de documentos oficiais e jurisprudências, com especial atenção aos fundamentos apresentados na adpf e às manifestações de entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil. Os resultados indicam que o STF reconheceu a validade da anistia conferida também aos agentes estatais envolvidos em violações de direitos humanos durante a ditadura militar, sustentando que se tratava de um pacto político de transição com efeitos bilaterais. Essa posição gerou críticas e reações no campo jurídico e político, sobretudo por confrontar obrigações internacionais assumidas pelo Brasil no âmbito dos direitos humanos. Conclui-se que a Corte adotou uma interpretação conciliatória e estabilizadora da norma, privilegiando a segurança jurídica e a pacificação institucional em detrimento da responsabilização penal, o que evidencia a complexidade do equilíbrio entre justiça de transição, memória histórica e a efetividade dos direitos fundamentais.
The purpose of this study is to analyze the (STF) Supreme Federal Court’s decision for Failure to Comply with a Fundamental Precept (in Portuguese, Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, ADPF) No. 153. Thus, the interpretation given to the 1979 Amnesty Law is examined, especially in terms of its compatibility with 1988 constitutional principles. A legal-dogmatic qualitative approach, was employed, based on the analysis of official documents and jurisprudence, with special attention to the grounds presented in the ADPF and statements of entities such as the Brazilian Bar Association. Results indicate that the STF recognized the validity of the amnesty also granted to state agents involved in human rights violations during the military dictatorship, arguing that it was a transitional political pact with bilateral effects. This position generated criticism and reactions in the legal and political spheres, particularly for confronting Brazil’s international human rights obligations. The study concludes that the Court adopted a conciliatory and stabilizing interpretation of the norm, prioritizing legal security and institutional pacification over criminal accountability. This evidences the complexity of the balance between transitional justice, historical memory, and the effectiveness of fundamental rights.