Maria Clara Mendes, Júlia Ribeiro Lopes de Almeida, Ana Cecília Alvarenga Queiroz, Ana Carolina de Mello Alves Rodrigues, Clara de Cássia Versiani
O Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) representa um relevante desafio à saúde materno-fetal, com alta prevalência no Brasil. O objetivo do estudo foi avaliar o perfil epidemiológico-clínico-obstétrico de gestantes diagnosticadas com diabetes gestacional. Trata-se de um estudo transversal, de abordagem quantitativa. Foram analisadas 53 gestantes com DMG atendidas em um serviço de pré-natal de alto risco em Montes Claros/MG, entre fevereiro e abril de 2025. Os dados foram coletados por meio de questionários estruturados e analisados com testes estatísticos. A maioria das gestantes tinha mais de 25 anos, ensino médio completo e autodeclaração parda. Hipertensão arterial sistêmica foi a principal comorbidade, e o diagnóstico de DMG predominou no segundo trimestre. A maioria apresentou IMC adequado e bom controle glicêmico, sem uso de insulina. Apesar disso, houve baixa adesão a práticas regulares de atividade física e autocuidado. Conclui-se que a abordagem multiprofissional e o acompanhamento precoce são essenciais, destacando-se a necessidade de estratégias educativas que favoreçam o autocuidado e melhorem os desfechos materno-infantis.