As fraturas expostas constituem uma emergência ortopédica de alta complexidade, caracterizada pela comunicação direta entre o osso fraturado e o meio externo, o que acarreta risco elevado de infecção e outras complicações graves. Este trabalho, desenvolvido por meio de uma revisão integrativa da literatura, teve como objetivo descrever as principais classificações, complicações e condutas terapêuticas no manejo de fraturas expostas no Brasil. A busca foi realizada nas bases de dados PubMed, LILACS, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e SciELO, contemplando publicações entre 2015 e 2024. Os estudos analisados evidenciam que a abordagem inicial deve priorizar a estabilização hemodinâmica, a irrigação abundante da ferida, a cobertura com curativo estéril e a imobilização provisória. O encaminhamento precoce ao centro cirúrgico para desbridamento, definição do tratamento definitivo e início da antibioticoterapia também se mostra essencial para a redução das taxas de infecção, osteomielite e amputações. Conclui-se que o sucesso no tratamento das fraturas expostas depende de uma atuação multidisciplinar, do seguimento rigoroso aos protocolos clínicos e do acesso oportuno a serviços especializados.