Brasil
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Este artículo propone analizar el perfil de actuación del principal organismo brasileño de prevención de la tortura, el Mecanismo Nacional de Prevención y Lucha contra la Tortura (MNPCT) a partir del estudio de las recomendaciones emitidas por el mismo organismo. Por esta razón, se realiza un análisis documental de los informes anuales divulgados por el mecanismo entre 2015 y 2018, los cuales presentan pautas para revertir y prevenir casos de tortura por parte de los organismos públicos. Como hallazgo central, se observa que las recomendaciones del MNPCT están permeadas de cierta ambigüedad. Por un lado, los problemas que buscan revertir hacen referencia a factores de riesgo que acarrean la tortura en diálogo con la perspectiva de que esta práctica es una especie de crimen de oportunidad. Por otro lado, el ente deja entrever que esas cuestiones son indisociables del funcionamiento de las unidades de privación de la libertad, especialmente en lo que respecta a espacios penitenciarios y centros de reclusión socioeducativos. Por esta razón, se menciona la tortura entre las recomendaciones del MNPCT como algo estructural y difuso, que se aleja de nociones criminológicas controlados por nociones de riesgo y oportunidad.
A proposta deste artigo é analisar o perfil de atuação do principal órgão brasileiro de prevenção à tortura, o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT), a partir do estudo das recomendações emitidas pelo ente. Baseia-se, então, em análise documental dos relatórios anuais divulgados pelo mecanismo entre 2015 e 2018, os quais expõem diretrizes para órgãos públicos reverter e prevenir casos de tortura. Como análise central, nota-se que as recomendações do MNPCT estão permeadas por certa ambiguidade. De um lado, os problemas que buscam reverter se referem aos fatores de riscos que acarretam a tortura, em diálogo com a perspectiva de a prática ser uma espécie de crime de oportunidade. De outro, o órgão deixa transparecer que tais questões são indissociáveis ao funcionamento de unidades de privação de liberdade, em especial quando se trata de espaços prisionais e de centros de internação socioeducativos. Por isso, a tortura é mencionada nas recomendações do MNPCT como algo estrutural e difuso, distanciando-se de conceitos criminológicos pautados por noções de oportunidade e risco.
This article analyzes the role of Brazil’s primary torture prevention body, the National Mechanism for the Prevention and Combat of Torture (MNPCT), focusing on recommendations issued by the organization itself. A documentary analysis was carried out of the MNPCT’s annual reports from 2015 to 2018, outlining measures to reverse and prevent torture cases by public entities. A key finding is that the MNPCT’s recommendations exhibit some ambiguity. On one hand, the issues they address relate to risk factors contributing to torture, framed as a crime of opportunity. On the other hand, the mechanism acknowledges that these issues are inherently linked to the operation of detention facilities, particularly prisons and socio-educational detention centers. Consequently, the MNPCT positions torture as a structural and pervasive issue, transcending criminological concepts of risk and opportunity.