Laerte Radtke Karnopp
El artículo tiene como objetivo reflexionar sobre la (in)suficiencia de un modelo constitucional resultante del acoplamiento estructural entre política y derecho en el escenario globalizado y qué alternativas se le presentan. Utilizando una metodología teórico-descriptiva seguida de reflexiones críticas, que sustenta las reflexiones y resultados encontrados, se parte del concepto de constitución como acoplamiento estructural entre los subsistemas del derecho y la política, propuesto por la teoría sistémica de Luhmann (2016), y que responde a una sociedad que tiene un modelo de subsistema político con el Estado en su centro. La insuficiencia de este modelo de constitución nacional-estatal ha sido puesta de manifiesto con el fenómeno de la globalización, en la que los ámbitos sociales parciales trascienden las fronteras del Estado, con nuevos actores, y los sectores sociales han comenzado a diferenciarse a escala global. El problema que se plantea es cómo se configura la relación entre los subsistemas de derecho y política y los demás ámbitos sociales parciales en la formación de un nuevo orden constitucional. La principal conclusión es que, en esta nueva configuración, la constitucionalización de los ámbitos parciales se producirá a través del acoplamiento estructural entre los mecanismos reflexivos del subsistema jurídico con los de cada subsistema constituido.
The article aims to reflect on the (in)sufficiency of a constitutional model resulting from the structural coupling between politics and law in the globalized scenario and what alternative(s) are presented. Based on a theoretical-descriptive methodology followed by critical reflections, that support the reflections and results found, it starts from the concept of constitution as a structural coupling between the subsystems of law and politics, proposed by Luhmann’s systemic theory (2016), and which responds to a society that has a political subsystem model with the state as its center. The insufficiency of this model of national-state constitution has been highlighted by the phenomenon of globalization, in which partial social spheres go beyond the borders of the state, with new actors, and social sectors have begun to differentiate on a global scale. The problem that arises is how the relationship between the subsystems of law and politics and other partial social spheres comes to be configured in the formation of a new constitutional order. The main conclusion is that, in this new configuration, the constitutionalization of partial spheres will occur through the structural coupling between the reflexive mechanisms of the legal subsystem and those of each constituted subsystem.
O artigo tem como objetivo refletir sobre a (in)suficiência de um modelo constitucional resultante do acoplamento estrutural entre política e direito no cenário globalizado e que alternativa(s) se apresenta(m) diante dele. Servindo-se de metodologia teórico-descritiva seguida de reflexões críticas, que fomenta as reflexões e resultados encontrados, parte do conceito de constituição como acoplamento estrutural entre os subsistemas do direito e da política, proposto pela teoria sistêmica de Luhmann (2016), e que responde a uma sociedade que possui um modelo de subsistema político que apresenta em seu centro o Estado. A insuficiência desse modelo de constituição nacional-estatal foi exposta com o fenômeno da globalização, em que os âmbitos sociais parciais extrapolam as fronteiras do Estado, com novos atores, e os setores sociais passaram a se diferenciar em escala global. O problema que surge é como passa a se configurar a relação entre os subsistemas do direito e da política com os demais âmbitos sociais parciais na conformação de uma nova ordem constitucional. A conclusão principal é a de que, nessa nova configuração, a constitucionalização dos âmbitos parciais ocorrerá pelo acoplamento estrutural entre os mecanismos reflexivos do subsistema jurídico com os de cada subsistema constituído.