Isaac Ravetllat Ballesté
El presente trabajo tiene por finalidad aportar una mirada contingente, crítica y práctica frente al procedimiento proteccional de niños, niñas y adolescentes vigente en Chile. Este propósito se llevará a cabo con un especial enfoque en la situación de emergencia sanitaria global, producto del COVID-19, que ha conllevado la adopción de una serie de medidas estatales para el pretendido resguardo de la vida y la salud de las personas, entre las cuales se encuentran las restricciones a la libertad de circulación y la suspensión de todo tipo de actividad presencial. De este modo, los tribunales de familia y las instituciones que forman parte de la oferta programática existente para el abordaje de las distintas áreas de atención a niños, niñas y adolescentes, han debido modificar su funcionamiento y ajustar su actuar conforme a la evolución de la pandemia. Para la elaboración de este artículo se realizó una investigación de carácter cualitativo con un enfoque hermenéutico de tipo documental. Como resultado de nuestra investigación constatamos que, si bien el sistema público de protección a la infancia y la adolescencia ha tratado de adaptar sus procedimientos, metodologías de intervención, procederes, seguimientos y supervisiones a las nuevas condiciones impuestas por la situación de alarma sanitaria, no se vislumbra una actuación uniforme, homogénea y claramente coordinada. Lo anterior nos lleva a concluir que más allá de las normas, actas, instrucciones y protocolos de intervención que se han ido suscitando para dar respuesta a la mentada coyuntura pandémica, los niños y los adolescentes 'especialmente aquellos que se encuentran en situación de vulnerabilidad' no han sido visibilizados, atendidos y tomados en consideración de la manera más adecuada posible.
The purpose of this work is to provide a contingent, critical and practical look at the protection procedure for children and adolescents in Chile, with a special focus on the global health emergency situation that has led to the adoption of a series of state measures to the alleged protection of the life and health of people, among which are restrictions on freedom of movement and the suspension of all types of face-to-face activity. In this way, both the family courts, as well as the institutions that are part of the existing programmatic offer for addressing the different areas of attention to children and adolescents, have had to modify their operation and gradually adjust their actions according to the evolution of the pandemic. For the preparation of this article, a qualitative research with a documentary- hermeneutical approach was carried out. As a result, we note that although the public system for the protection of children and adolescents has tried to adapt its procedures, intervention methodologies, procedures, follow-ups and supervision to the new conditions imposed by the health alarm situation, we do not foresee, instead, a uniform, homogeneous and clearly coordinated performance. The foregoing leads us to conclude that beyond the rules, instructions and intervention protocols that have been taken to respond to the aforementioned pandemic situation, childhood and adolescence, especially those in a vulnerable situation, have not been made visible, attended and taken into consideration in the most appropriate way.
O objetivo deste trabalho é fornecer um olhar contingente, crítico e prático sobre o procedimento de proteção de crianças e adolescentes em vigor no Chile, com ênfase especial na situação de emergência sanitária global que levou à adoção de uma série de medidas estatais para a suposta proteção à vida e à saúde das pessoas, entre as quais as restrições à liberdade de locomoção e a suspensão de todos os tipos de atividades presenciais. Desta forma, tanto os tribunais de família, como as instituições que fazem parte da oferta programática existente para atender as diferentes áreas de atenção de meninos e ao adolescente, tiveram que modificar seu funcionamento e ajustar gradativamente suas ações de acordo com a evolução da pandemia. Para a elaboração deste artigo, foi realizada uma pesquisa qualitativa com abordagem hermenêutica documental. Como resultado, constatamos que embora o sistema público de proteção à criança e ao adolescente tenha procurado adequar seus procedimentos, metodologias de intervenção, procedimentos, acompanhamentos e fiscalização à s novas condições impostas pela situação de alarme de saúde, não prevemos, em mudança, um desempenho uniforme, homogêneo e claramente coordenado. O exposto leva-nos a concluir que para além das regras, atas, instruções e protocolos de intervenção que foram levantados para dar resposta à referida situação pandémica, a infância e a adolescência, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade, não foi tornada visível, assistida e tomada consideração da forma mais adequada possível.