Maria Helena Diniz
This article seeks to briefly analyze the need to repair existential damage to protect human dignity, since such damage covers any injury to a fundamental right or to the right of the personality, which causes frustration to some life project and reprogramming of daily life. Existential damage refers to “not being able to do it anymore”, “to behave differently”, or even to the loss of a chance, therefore, it can be considered a “tertium genus” in the area of civil responsibility, different from the damage patrimonial or moral. The existential damage is liable to indemnity because nobody has the right to change people’s lives, taking away their expectations or the fulfillment of their desires.
Neste artigo procurar-se-á analisar, brevemente, a necessidade de reparação do dano existencial para proteger a dignidade humana já que tal dano abrange qualquer lesão a direito fundamental ou a direito da personalidade, que cause frustração a algum projeto de vida e reprogramação de atividades cotidianas. O dano existencial diz respeito ao “não mais poder fazer”, “a dever agir de outro modo”, ou até mesmo à perda de uma chance, logo pode ser considerado um “tertium genus” na seara da responsabilidade civil, distinto do dano patrimonial ou moral. O dano existencial é indenizável porque ninguém tem o direito de modificar a vida das pessoas, tirando-lhe as expectativas ou a realização de seus desejos.