Janaína Rigo Santín, Maristela Piva
A família é a instituição social e jurídica mais mutável da contemporaneidade. Profissionais do direito e da psicologia são convidados a articular discussões que redimensionem a visão sobre a família na atualidade, bem como as relações familiares e as possíveis ferramentas que possam ser desenvolvidas no intuito de ajudar as famílias a enfrentarem seus dilemas. Problematiza-se como a família refletiu, historicamente, as relações de poder da época, e esta ligação entre poder e família encontra-se presente até os dias atuais. Assim, o presente artigo, pelo método dedutivo e pelo procedimento de revisão bibliográfica, apresenta a mediação como uma possibilidade de auxílio e intervenção nos conflitos familiares, propondo algumas reflexões sobre os pressupostos teóricos da mediação. Analisa-se o que sustentaria a prática dinâmica do ofício do mediador, em especial quando desenvolvida como forma judicial e extrajudicial de resolução de conflitos, concluindo-se que a prática da mediação deve também acompanhar as transformações sociais e jurídicas da família e das relações de poder neste século XXI.