Ingradi Iramaia Alves Fonseca, Fernado da Silva Cardoso
This study questions, from a feminist perspective, processes of resistance to violence against women from social struggles in cyberspace. Thus, it is a general objective to identify the perspectives about the processes of resistance to violence against women in cyber-space. The methodology used in this research was based on the dialectical method, based on a qualitative approach. The type of research used was the bibliographical one and the technique of data collection was based on an ethnographic approach in a virtual environment, which allowed the appreciation of the data through content analysis, taking images-posts / excerpts collected in virtual communities besieged on Facebook as locus. The results show that women have chosen virtual environments as tools for advocacy and debates around feminist issues. Moreover, this space has been re-resigned to the hegemonic notion of citizenship, especially from the discourse and protagonism of feminist movements in the fight for women’s rights. In short, the analysis of elected practices allows us to point out that the obstacles experienced by women on a daily basis in the exercise of their rights have been re-dimensioned from cyberspace. Resistance to violet and oppressive practices on the Internet has been seen to have contributed to female empowerment and the spread of resistance to sexist attitudes.
Este estudo problematiza, a partir de uma perspectiva feminista, processos de resistência à violência contra às mulheres a partir de lutas sociais protagonizadas no ciberespaço. Assim, tem-se como objetivo geral identificar as perspectivas acerca dos processos de resistência à violência contra à mulher em espaços de ciberativismo. A metodologia utilizada na referida pesquisa se deu através do método dialético, a partir de abordagem qualitativa. O tipo de pesquisa utilizado fora o bibliográfico e a técnica de coleta de dados deu-se a partir de uma abordagem etnográfica em ambiente virtual, a qual propiciou apreciação dos dados através da análise de conteúdo, tendo-se imagens-posts/excertos colhidos em comunidades virtuais sitiadas no Facebook enquanto lócus. Os resultados alcançados permitem inferir que as mulheres têm elegido ambientes virtuais enquanto instrumentos à defesa de direitos e debates em torno de questões feminis. Ainda, que este espaço tem sido resignificado a noção hegemônica de cidadania, especialmente a partir do discurso e protagonismo de movimentos feministas na luta pelos direitos das mulheres. Em suma, a análise das práticas eleitas permite-nos apontar que os obstáculos vivenciados cotidianamente por mulheres no exercício de seus direitos têm sido redimensionados a partir do ciberespaço. Constata-se que a resistência a práticas violetas e opressoras na internet tem contribuído no empoderamento feminino e na propagação da resistência a posturas sexistas.