Brasil
El siguiente texto tiene como problema central la relación entre movimientos sociales y tecnología. En la primera parte, presento un breve historial del surgimiento de los fab labs y de la creación de redes globales de este movimiento, así como sus principios y objetivos. Luego entra en debate cómo se dio una relación tensa entre tecnología y acción colectiva, en la que, por regla general, las personas se organizaban colectivamente para resistir a los efectos de alguna nueva tecnología, aunque esta no sea la única relación posible entre tecnología y acción colectiva. Finalmente, surge la cuestión de pensar el impacto de las infraestructuras técnicas en las formas de organización y abordaje de las luchas sociales, especialmente cuando estas infraestructuras técnicas son el resultado de políticas públicas inclusivas impulsadas por el Estado, algo que es más bien poco común en el origen de las acciones colectivas.
The following text has as its central problem the relationship between social movements and technology. In the first part, I present a brief history of the emergence of fab labs and the creation of global networks of this movement, as well as its principles and objectives. It then comes into debate how a tense relationship between technology and collective action came about, in which, as a rule, people organized themselves collectively to resist the effects of some new technology, even though this is not the only possible relationship between technology and collective action. Finally, the question arises of thinking about the impact of technical infrastructures on the forms of organization and approach to social struggles, especially when these technical infrastructures are the result of public inclusive policies promoted by the State, something that is rather uncommon in the origin of collective actions.
O texto a seguir tem como problema central a relação entre movimentos sociais e tecnologia. Na primeira parte, apresento um breve histórico do surgimento dos fab labs e a constituição de redes mundiais deste movimento, bem como seus princípios e objetivos. Em seguida, entra em debate como se constituiu uma relação tensa entre tecnologia e ação coletiva, em que, via de regra, as pessoas se organizavam coletivamente para resistir aos efeitos de alguma nova tecnologia; mas esta não é a única relação possível entre tecnologia e ação coletiva. Por fim, coloca-se a questão de pensar o impacto de infraestruturas técnicas nas formas de organização e de abordagem das lutas sociais, em especial quando estas infraestrutras técnicas são o resultado de políticas públicas de inclusão fomentadas pelo Estado, algo pouco recorrente na origem de ações coletivas.