El artículo se centra en los pueblos indígenas de Brasil y sus luchas por la supervivencia en sus territorios y por sistemas de control jurídico democráticos que garanticen los derechos ya previstos o por adquirir por vía constitucional. Se analizan dos momentos de su historia: la década de 1970 hasta 1988 – con sus actores, luchas, apoyos y conquistas de derechos en la Carta Magna; y el período de 2020 a 2023, cuando se retoma la cuestión del Marco Temporal en el ámbito de las políticas públicas de demarcación de tierras indígenas y los choques y presiones sobre los poderes Legislativo, Judicial y Ejecutivo. El artículo presenta hechos y narrativas sobre la tensión constante entre los actos de resistencia y ataques a las comunidades indígenas y la búsqueda de apoyo institucional. La cuestión teórica se refiere al papel que la identidad étnico-cultural ha adquirido en los últimos años en la lucha de los movimientos sociales de los pueblos indígenas. Se trata de una lucha humanitaria, con numerosos frentes, cuyo objetivo es resistir para existir. Se destacan el reconocimiento de los saberes ancestrales de estos pueblos sobre el medio ambiente y su biodiversidad, y el papel de las mujeres y los jóvenes indígenas en las luchas de los movimientos.
The article focuses on Brazil’s indigenous peoples and their struggles for survival in their territories and for democratic legal control systems that guarantee rights already provided for or to be acquired through constitutional means. Two moments in their history are analyzed: the 1970s up to 1988 – with its actors, struggles, support and conquest of rights in the Magna Carta; and the period from 2020 to 2023, when the issue of the Time Frame in the sphere of public policies for demarcation of indigenous lands and the clashes and pressures on the Legislative, Judicial and Executive powers are resumed. The article presents facts and narratives about the constant tension between acts of resistance and attacks on indigenous communities and the search for institutional support. The theoretical question concerns the role that ethnic-cultural identity has acquired in recent years in the struggle of social movements of indigenous peoples. It is a humanitarian struggle, with numerous fronts, which aims to resist to exist. Highlights include the recognition of these peoples’ ancestral wisdom about the environment and its biodiversity, and the role of indigenous women and young people in the movements’ struggles.
O artigo focaliza os povos originários indígenas do Brasil e as lutas pela sobrevivência em seus territórios e por sistemas de controle jurídico democráticos, que garantam direitos já previstos ou a se adquirir nas vias constitucionais. São analisados dois momentos da trajetória: a década de 1970 até 1988 – com seus atores, lutas, apoios e conquista de direitos na Carta Magna; e o período de 2020 a 2023, quando se retoma a questão do Marco Temporal no plano das políticas públicas para a demarcação das terras indígenas e os embates e pressões sobre os poderes Legislativo, Judiciário e Executivo. O artigo apresenta fatos e narrativas sobre a tensão constante entre os atos de resistência e os ataques às comunidades dos povos indígenas, e a busca de apoios institucionais. A questão teórica diz respeito ao papel que a identidade étnica-cultural adquire nos últimos anos na luta dos movimentos sociais dos povos originários. Trata-se de uma luta humanitária, com inúmeras frentes, visando resistir para existir. Destacam-se o reconhecimento de saberes milenares desses povos sobre o meio ambiente e a sua biodiversidade e o protagonismo de mulheres e jovens indígenas nas lutas dos movimentos.