Coimbra (Sé Nova), Portugal
Psychological flexibility is essential for mental health, yet the assessment of this construct still lacks instruments suited to the Portuguese context. This study seeks to address this gap by validating an innovative instrument that integrates specific dimensions and presents robust evidence of reliability and validity, distinguishing itself from existing measures.
Contexto: A flexibilidade psicológica é fundamental para a saúde mental, mas a sua avaliação ainda carece de instrumentos adequados à realidade portuguesa. Este estudo contribuiu para colmatar essa lacuna, validando um instrumento inovador que integra dimensões específicas e apresenta evidências robustas de fiabilidade e validade, diferenciando-se de outras medidas existentes. Objetivo: Validar o Índice de Flexibilidade Psicológica Personalizado (PPFI) para a população portuguesa, analisando a sua estrutura fatorial, consistência interna, qualidade dos itens, fidedignidade teste-reteste e relação com variáveis de interesse. Métodos: Participaram 368 indivíduos com idades entre 18 e 62 anos (M = 25,44, DP = 9,50), que completaram um protocolo onlinecomposto por questões sociodemográficas e instrumentos de autorresposta que avaliaram a flexibilidade psicológica (PPFI, MPFI-24), valores (ELS-9), inflexibilidade psicológica (AAQ-II) e afeto positivo e negativo (PANAS). O reteste do PPFI foi realizado com 57 participantes após quatro semanas. Resultados: A análise fatorial confirmatória sustentou um modelo com um fator superior (pontuação total) e três fatores específicos (Evitamento, Aceitação e Aproveitamento), com índices de ajustamento aceitáveis. O PPFI demonstrou boa fidedignidade (a = 0,70) e estabilidade temporal. O PPFI correlacionou-se positivamente com a inflexibilidade (MPFI-24), valores (ELS-9) e afeto positivo (PANAS-P), e negativamente com o evitamento experiencial (AAQ-II) e afeto negativo (PANAS-N). Idade e o sexo não se correlacionaram com a pontuação global. Conclusões: O PPFI revelou-se um instrumento válido e fidedigno para avaliar a flexibilidade psicológica em adultos portugueses. A sua validação contribui para a prática baseada em evidências, sendo especialmente relevante para investigações sobre a eficácia de intervenções voltadas para a promoção da flexibilidade psicológica.