Brasil
Background: People living with HIV (PLHIV) face significant psychosocial adversities that can compromise their well-being. Resilience has been investigated as a key process in fostering positive adaptation to these challenges. Aim: To conduct an integrative literature review on resilience in PLHIV, identifying the conceptual frameworks used, risk and protective factors, and psychosocial adjustment indicators examined. Method: A comprehensive search was performed in the PUBMED, PsycINFO, SciELO, LILACS, PePSIC, and Index Psi databases for articles published between 2014 and 2023. Empirical studies with an explicit focus on resilience in the context of HIV were included. Results: Thirty-three studies were analyzed. Main risk factors identified included stigma in its various forms, structural inequalities, mental health disorders, and barriers to care. Protective factors included social support, religiosity, active coping strategies, access to health services, and awareness of rights. Resilience was associated with improved mental health, enhanced quality of life, and greater adherence to treatment. Conclusions: Resilience in PLHIV is a dynamic and context-sensitive process, influenced by multiple ecological levels. Understanding its mechanisms is essential for designing clinical interventions and public health policies that promote well-being and equity.
Contexto: Pessoas vivendo com HIV enfrentam adversidades psicossociais significativas, que podem comprometer sua saúde física e mental. Objetivo: Realizar uma revisão integrativa da literatura sobre resiliência em PVHIV, identificando os conceitos empregados, fatores de risco e proteção, e os indicadores de ajustamento psicossocial analisados. Métodos: A busca foi conduzida nas bases PUBMED, PsycINFO, SciELO, LILACS, PePSIC e Index Psi, abrangendo publicações entre 2014 e 2023. Incluíram-se estudos empíricos com foco explícito em resiliência no contexto do HIV. Resultados: Foram analisados 33 estudos. Os principais fatores de risco identificados incluíram o estigma em suas múltiplas formas, desigualdades estruturais, transtornos mentais e barreiras ao cuidado. Como fatores de proteção, destacaram-se o apoio social, a religiosidade, estratégias ativas de enfrentamento, o acesso a serviços e o conhecimento de direitos. A resiliência esteve associada a melhores resultados em saúde mental, qualidade de vida e adesão ao tratamento. Conclusões: A resiliência em PVHIV é um processo dinâmico e contextual, mediado por múltiplos níveis de influência. Compreendê-la é essencial para o desenvolvimento de intervenções clínicas e políticas públicas promotoras de saúde e equidade.