El tema del otorgamiento de los poderes especiales bajo las directrices del artículo 5.º de la Ley 2213 del 2022 que estableció como legislación permanente el Decreto Legislativo 806/2020, el cual había sido de gran controversia desde su expedición en el decreto, ya que su contenido contrasta de gran manera con la legislación del artículo 74 del Código General del Proceso. Se tiene entonces una Ley en la que imperan principios como la buena fe y la lealtad procesal, demostrándose esto por la falta de requisitos para su autenticación y haciendo solo necesario la antefirma; dejando claro que, así como se ponderan estos principios también hace falta el desarrollo de estos, debido a que su desenvolvimiento en el mismo articulado se extrae después de realizar una labor interpretativa del mismo.
Se hace la salvedad de que esto no es algo nuevo, el propender por una justicia digitalizada que permita la conectividad y el acceso a la justicia suprimiendo todos los obstáculos que puedan presentarse, ha sido un objetivo que ha traído la legislación colombiana hace ya varios años atrás. Sin embargo, la propagación del COVID-19, hizo que este propósito tuviera que llevarse a cabo de manera abrupta, propendiendo por la implementación de medidas con las que se salvaguarde la salud y a su vez se siga brindando el servicio de administrar justicia. No obstante, es importante preguntarse: ¿Cómo se garantiza el principio de moralidad procesal en virtud de la ausencia de requisitos formales en la delegación de poderes especiales en el marco de las actuaciones judiciales mediadas por el uso de las Tecnologías de la Información y Comunicaciones? Por último, se da respuesta al problema planteado, identificando que la Ley 2213 de 2022, inicialmente garantiza el principio de moralidad procesal frente a la presentación y otorgamiento de los poderes especiales; no obstante, se debió hacer uso de otras herramientas existentes como la firma electrónica y se recomienda realizar una adecuación de las normas, en relación con integrar las disposiciones de la Superintendencia de Notariado y Registro, sobre la implementación de herramientas digitales como la biometría y las notaría digitales.
The topic of granting special powers under the guidelines of Article 5 of Law 2213 of 2022, which established Legislative Decree 806/2020 as permanent legislation, has been a matter of great controversy since its issuance. The content of this decree contrasts significantly with the provisions of Article 74 of the General Code of Procedure. This Law emphasizes principles such as good faith and procedural fairness, which is demonstrated by the lack of requirements for authentication, only requiring an “antefirma” (a kind of preliminary signature). This highlights the need for further development of these principles, as their implementations is extracted after an interpretative effort on the same article. It should be noted that this is not a new concern. The pursuit of a digitalized justice system that allows connectivity and access to justice by removing all obstacles has been an objective of Colombian legislation for several years. However, the spread of COVID-19 made it necessary to carry out this purpose abruptly, aiming to implement measures that safeguard health while continuing to provide the administration of justice. However, it is important to ask: How is the principle of procedural morality guaranteed in the absence of formal requirements in the delegation of special powers within the judicial proceedings mediated by the use of Information and Communication Technologies?Finally, the problem posed is addressed by identifying that Law 2213 of 2022 initially guarantees the principle of procedural morality regarding the presentation and granting of special powers. However, other existing tools such as electronic signatures should have been used. Furthermore, it recommends an adjustment of the regulations to incorporate the provisions of the Superintendence of Notaries and Registrations regarding the implementation of digital tools such as biometrics and digital notaries.
A questão da concessão de procurações especiais sob as diretrizes do artigo 5 da Lei 2213 de 2022, que estabeleceu como legislação permanente o Decreto Legislativo 806/2020, que foi objeto de grande controvérsia desde sua emissão no decreto, uma vez que seu conteúdo contrasta muito com a legislação do artigo 74 do Código General del Proceso. Temos, então, uma lei em que prevalecem princípios como o da boa-fé e da lisura processual, o que se demonstra pela ausência de requisitos de autenticação e tornando necessária apenas uma pré-assinatura, deixando claro que, embora esses princípios sejam ponderados, também falta desenvolvê-los, devido ao fato de que o seu desenvolvimento nos próprios dispositivos é extraído após a realização de um trabalho interpretativo deles. É importante observar que isso não é algo novo, pois o objetivo da justiça digitalizada que permite a conectividade e o acesso à justiça, removendo todos os obstáculos que possam surgir, tem sido um objetivo da legislação colombiana há vários anos. No entanto, a disseminação da covid-19 fez com que esse objetivo tivesse que ser abruptamente realizado, em favor da implementação de medidas para proteger a saúde e, ao mesmo tempo, para que os serviços administrativos do sistema judiciário continuassem aser prestados. Entretanto, é importante perguntar: Como o princípio da moralidade processual é garantido em virtude da ausência de requisitos formais na delegação de poderes especiais no âmbito de processos judiciais mediados pelo uso de tecnologias de informação e comunicação? Por fim, é dada uma resposta ao problema levantado, identificando que a Lei 2213 de 2022 garante inicialmente o princípio da moralidade processual com relação à apresentação e concessão de procurações especiais. No entanto, outros instrumentos existentes, como as assinaturas eletrônicas, deveriam ter sido utilizados, e recomenda-se 149Revista IUSTAISSN: 1900-0448| e-ISSN: 2500-5286| https://doi.org/10.15332/25005286N.º 57 | julio-diciembre del 2022que os regulamentos sejam adaptados para integrar as disposições da Superintendencia de Notariado y Registro sobre a implementação de ferramentas digitais, como biometria e tabeliães digitais.