El artículo desarrolla un argumento normativo contra la regla de prohibición del reenvío en la instancia de impugnación de sentencia en el Código procesal penal federal de la República Argentina. Según el artículo, esta regla trae como consecuencia que solo aquellos recurrentes inocentes desde un punto de vista fáctico podrán acceder a una revisión de su condena. El razonamiento desarrollado en el artículo identifica a esa regla con el fenómeno del Inocentrismo y la defensa de la inocencia real como valor primordial del proceso penal. Para tales efectos, el artículo analiza tanto la literatura representativa del Movimiento de Inocencia y sus propuestas de reforma, como las críticas que se dirigen a estos. Con este marco teórico, el artículo expone que una serie de valores identificados con el concepto de inocencia jurídica y el debido proceso no obtienen una debida atención en la instancia de impugnación de sentencia en el Código procesal penal federal de la República Argentina. Finalmente, el artículo postula que la previsión del reenvío ampliaría las posibilidades de solución adecuada para los distintos supuestos de injusticia en el proceso penal.
This article presents a normative argument against the ban on retrial in the appellate stage in the Federal Criminal Procedure Code of the Argentine Republic. According to the article, this rule results in only factually innocent appellants being able to seek a review after conviction. The rationale behind the article bonds this rule with the phenomenon of Innocentrism and the defense of actual innocence as the primary value of the criminal process. To this end, the article analyses both the representative literature of the Innocence Movement and its reform proposals, and the critiques of these. With this theoretical framework, the article argues that a series of values identified with the concept of legal innocence and due process do not receive due attention in the appellate stage in the Federal Criminal Procedure Code of Argentina. Lastly, the article posits that the provision of retrial would broaden the possibilities for adequate resolution for different cases of injustice in the criminal process.
O artigo desenvolve um argumento normativo contra a regra de proibição do reenvio na instância de impugnação de sentença no Código de Processo Penal Federal da República Argentina. Segundo o artigo, essa regra tem como consequência que apenas aqueles recorrentes inocentes do ponto de vista fático poderão acessar uma revisão de sua condenação. O raciocínio desenvolvido no artigo identifica essa regra com o fenômeno do Inocentrismo e a defesa da inocência real como valor primordial do processo penal. Para esses fins, o artigo analisa tanto a literatura representativa do Movimento da Inocência e suas propostas de reforma, quanto as críticas que lhes são dirigidas. Com esse marco teórico, o artigo expõe que uma série de valores identificados com o conceito de inocência jurídica e o devido processo não recebem a devida atenção na instância de impugnação de sentença no Código de Processo Penal Federal da República Argentina. Por fim, o artigo postula que a previsão do reenvio ampliaria as possibilidades de uma solução adequada para os distintos casos de injustiça no processo penal.