Los problemas en la toma de decisiones y su relación con el momento temporal en el que se presentan constituyen una línea de investigación relevante y aún en desarrollo en el campo de los estudios sobre estrategia. Diversos autores han conceptualizado la estrategia desde una perspectiva basada en la toma de decisiones, entendiéndola como una secuencia de decisiones interconectadas que implican la asignación de recursos necesarios para su implementación. Una forma de comprender el momento oportuno de las decisiones estratégicas es a través del enfoque de estrategias deliberadas versus emergentes. En este marco, la ambidestreza organizacional, entendida como el equilibrio dinámico entre los procesos de exploración y explotación, ha sido propuesta como una dimensión cognitiva clave que influye en la toma de decisiones gerenciales. Estos procesos, fundamentados en la teoría del aprendizaje organizacional, están sujetos a limitaciones como la miopía temporal, la cual puede dificultar la capacidad de valorar adecuadamente los resultados a corto plazo frente a las implicaciones futuras. En este contexto, el presente estudio tiene como objetivo identificar las limitaciones inherentes a los procesos de exploración y explotación que pueden influir en la formulación de estrategias. Este objetivo se abordó mediante una revisión sistemática de literatura en la base de datos Scopus, la cual se centró en contribuciones académicas que abordan la toma de decisiones en relación con los procesos de exploración y explotación. Los resultados se clasificaron en contribuciones sustanciales, aplicadas y complementarias. Con base en los hallazgos, se identifica un conjunto de categorías temáticas—recursos, horizonte temporal, tipo de actividad, antecedentes, estructura, conocimiento y estrategia—que permiten diferenciar los procesos de exploración y explotación. Estas categorías también permiten señalar las limitaciones de cada proceso y su posible efecto en el momento y la naturaleza de las decisiones estratégicas.
Decision problems and their relationship with the moments in time is a theme to be explored in the strategy studies field. In fact, several scholars conceptualize strategy from a decision-making perspective, framing it as a sequence of interconnected decisions that involve the allocation of resources necessary for implementation. One way to understand the timing of strategic decisions is through the lens of deliberate versus emergent strategies. Within this framework, organizational ambidexterity—defined as the dynamic balance between exploration and exploitation processes—has been proposed as a key cognitive dimension influencing managerial decision-making. These processes, grounded in organizational learning theory, are subject to constraints such as temporal myopia, which can hinder the ability to appropriately weigh short-term outcomes against long-term implications. In this context, the present study aims to identify the limitations inherent in exploration and exploitation processes that may influence strategy formulation, as discussed in the existing literature. This objective was pursued through a systematic literature review using the Scopus database. The review focused on scholarly contributions addressing decision-making in relation to exploration and exploitation, and the results were categorized into substantial, applied, and complementary contributions. As a result, this study reveals a set of thematic categories —including resources, term, type of activity, background, structure, knowledge, and strategy— that differentiate exploration from exploitation processes. These categories also help illuminate the limitations of each process and their potential influence on the timing and nature of strategic decisions
Os problemas de decisão e sua relação com os momentos no tempo é um tema a ser explorado no campo dos estudos de estratégia. De fato, vários estudiosos conceituam a estratégia com base em uma perspectiva de tomada de decisão, enquadrando-a como uma sequência de decisões interconectadas que envolvem a alocação dos recursos necessários para a implementação. Uma maneira de entender o momento das decisões estratégicas é por meio das lentes das estratégias deliberadas versus emergentes. Dentro dessa estrutura, a ambidestria organizacional — definida como o equilíbrio dinâmico entre os processos de exploração e aproveitamento — foi proposta como uma dimensão cognitiva fundamental que influencia a tomada de decisões gerenciais. Esses processos, baseados na teoria da aprendizagem organizacional, estão sujeitos a restrições como a miopia temporal, que pode prejudicar a capacidade de ponderar adequadamente os resultados de curto prazo em relação às implicações de longo prazo. Nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo identificar as limitações inerentes aos processos de exploração e aproveitamento que podem influenciar a formulação de estratégias, conforme discutido na literatura existente. Esse objetivo foi alcançado por meio de uma revisão sistemática da literatura utilizando o banco de dados Scopus. A revisão se concentrou nas contribuições acadêmicas que abordam a tomada de decisões em relação à exploração e ao aproveitamento, e os resultados foram categorizados em contribuições substanciais, aplicadas e complementares. Como resultado, este estudo revela um conjunto de categorias temáticas — incluindo recursos, prazo, tipo de atividade, histórico, estrutura, conhecimento e estratégia — que diferenciam os processos de exploração dos processos de aproveitamento. Essas categorias também ajudam a esclarecer as limitações de cada processo e sua possível influência sobre o momento e a natureza das decisões estratégicas.