El análisis de terceras variables cuenta con cierta trayectoria en la investigación organizacional. No obstante, aún subsisten errores conceptuales que impiden la correcta comprensión de procesos estadísticos tales como mediación, supresión y moderación. Frente a esto, el objetivo del presente trabajo fue clarificar mediante un ejemplo empírico tales procesos. Para ello, se analizó el rol de la satisfacción laboral como tercera variable en las relaciones entre pasión por el trabajo y arraigo laboral. Se diseñó un estudio transversal de alcance correlacional-explicativo y se estudió una muestra no probabilística de 381 trabajadores argentinos. Los datos se analizaron mediante el enfoque de regresión jerárquica, cuyos resultados indican que la satisfacción se desenvuelve como mediador parcial en las relaciones entre pasión armoniosa y arraigo laboral, y como variable supresora en las vinculaciones entre pasión obsesiva y el arraigo laboral. No se hallaron evidencias a favor de su rol como variable moderadora en tales relaciones. El estudio realizado contribuye a la literatura al demostrar la relevancia de la satisfacción para la retención de personal, dando luces sobre la aplicación e interpretación de terceras variables en la investigación organizacional. Las principales limitaciones atañen al diseño transversal, que impide cualquier inferencia de causalidad, y el uso de medidas de autoinforme como único instrumento de recolección.
The analysis of third variables has a well-established tradition in organizational research. However, conceptual misunderstandings that hinder the correct interpretation of statistical processes such as mediation, suppression, and moderation persist. In response, the aim of this study was to clarify these processes through an empirical example. Specifically, the role of job satisfaction as a third variable in the relationship between work passion and job embeddedness was examined. A cross-sectional, correlational-explanatory study was conducted using a non-probabilistic sample of 381 Argentinian workers. Data were analyzed using a hierarchical regression approach. Results indicate that job satisfaction acts as a partial mediator in the relationship between harmonious passion and job embeddedness, and as a suppressor variable in the relationship between obsessive passion and job embeddedness. No evidence was found to support the role of job satisfaction as a moderator in these relationships. This study contributes to the organizational literature by demonstrating the relevance of job satisfaction in employee retention and offering insights into the application and interpretation of third-variable effects in organizational research. The main limitations relate to the cross-sectional design, which prevents causal inference, and the exclusive use of self-report measures for data collection.
A análise de terceiras variáveis já possui uma trajetória consolidada na pesquisa organizacional. No entanto, ainda existem erros conceituais que dificultam a compreensão correta de processos estatísticos como mediação, supressão e moderação. Nesse contexto, o objetivo deste artigo é esclarecer esses processos por meio de um exemplo empírico. Para isso, foi analisado o papel da satisfação no trabalho como uma terceira variável nas relações entre paixão pelo trabalho e comprometimento organizacional. Foi realizado um estudo transversal de natureza correlacional-exploratória, com uma amostra não probabilística de 381 trabalhadores argentinos. Os dados foram analisados usando a abordagem de regressão hierárquica, cujos resultados indicam que a satisfação atua como mediadora parcial das relações entre a paixão harmoniosa e o comprometimento organizacional, e como variável supressora nas relações entre a paixão obsessiva e comprometimento organizacional. Não foram encontradas evidências a favor de seu papel como variável moderadora em tais relações. O estudo contribui para a literatura ao demonstrar a relevância da satisfação no trabalho para a retenção de pessoal, além de esclarecer a aplicação e interpretação de terceiras variáveis na pesquisa organizacional. As principais limitações referem-se ao delineamento transversal, que impede inferências de causalidade, e ao uso exclusivo de medidas de autorrelato como instrumento de coleta.