Thaiane Caroline da Silva Maroto Ventura, Marcia Karnopp da Silva, José Lucas Pedreira Bueno
Este artigo investiga a relação entre a racionalidade técnica e a autonomia docente nas práticas avaliativas do 1º e 2º ano do Ensino Fundamental, em um contexto de progressão continuada. A pesquisa, de caráter qualitativo, adota a metodologia da pesquisa-ação e foi desenvolvida por meio de grupo focal com cinco professoras da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Antônio Augusto Rebelo das Chagas. Os dados revelam que a racionalidade técnica tem orientado as práticas avaliativas com ênfase em parâmetros quantitativos, padronizados e centrados em resultados mensuráveis, o que compromete abordagens processuais e formativas. Tal cenário limita a autonomia docente, tornando o processo avaliativo mecânico, reducionista e descolado da realidade dos estudantes. Além disso, a valorização excessiva de métricas reforça a lógica da mercantilização da educação. O estudo defende a necessidade de diretrizes mais flexíveis e da valorização do pensamento crítico, a fim de promover práticas avaliativas mais reflexivas, inclusivas e coerentes com o processo de ensino-aprendizagem.