Caio Vitor Amorim, André Ricardo Araujo da Silva
Introdução: A importância da imunização aumenta na gestação, onde há alterações fisiológicas que aumentam a suscetibilidade às doenças infecciosas. O pré-natal contempla vacinas cuja pandemia amplificou o movimento antivacinação, tornando prudente mensurar a situação vacinal das gestantes de um município brasileiro. Objetivo: Avaliar o estado vacinal das gestantes atendidas na atenção primária de Arapiraca, Alagoas. Métodos: Estudo analítico transversal com 180 gestantes atendidas na atenção básica de Arapiraca-AL. Foram investigadas variáveis de cunho demográfico e social, fatores reprodutivos e situação vacinal da gestante. Resultados: 80% tinha entre 20 e 34 anos, 53,3% possuía pelo menos o ensino médio completo, 51,1% se declaravam pardas, 81,7% referiram ter companheiro, 33,9% eram primíparas, 86,1% faziam o pré-natal exclusivamente na rede pública e 61,7% iniciaram o pré-natal no 2° mês de gestação. Os percentuais de mulheres com esquema adequado para as vacinas recomendadas para gestantes foram de 1,5% para dT, 85,4% para Hepatite B, 83,6% para dTpa, 87,4% para Influenza e 79% para COVID-19. O conhecimento das gestantes acerca da proteção das vacinas foi de 15% para vacina dT, 0,5% para vacina dTpa, 53,9% para vacina contra hepatite B, 75,5% para vacina contra Influenza e 86,7% para vacina contra a COVID-19. Houve associação estatisticamente significativa entre escolaridade da gestante e história de aborto, morte fetal, prematuridade e baixo peso. A desconfiança das entrevistadas foi maior em relação à vacina contra a COVID- 19 e menor em relação à vacina dT. Conclusão: As gestantes apresentaram altas taxas de adesão ao calendário de vacinas, com exceção da dT. A desconfiança na vacina de COVID-19 não repercutiu negativamente na vacinação.