Este artigo tem como objetivo avaliar a eficiência do regime de Metas de Inflação, conforme proposto pela abordagem teórica dominante do mainstream econômico. Para isso, é traçado um percurso histórico da construção teórica que sustenta esse regime, com o intuito de identificar as origens de seus principais fundamentos. Na sequência, analisamos a implementação do regime em um conjunto de países que o adotaram, comparando seus resultados com os de países que seguiram estratégias alternativas. A comparação considera variáveis macroeconômicas como inflação, crescimento do produto e desemprego, buscando identificar eventuais diferenças de desempenho. Por fim, discutem-se os resultados obtidos, com o objetivo de avaliar se uma política monetária baseada prioritariamente no controle da inflação — por meio da manipulação de uma única variável — apresenta vantagens em relação a abordagens mais ativas que levem em conta a instrumentalização de outras variáveis, poderão alcançar resultados mais satisfatórios para a política econômica como um todo. A principal conclusão é que, embora o regime de Metas de Inflação não possa ser considerado inequivocamente o mais eficiente no controle dos preços, ele tende a comprometer o desempenho de outras variáveis macroeconômicas, especialmente em países em desenvolvimento.