Este artigo busca analisar as complexidades da moeda e do sistema de crédito à luz das teorias de Karl Marx, com um foco particular em suas reflexões dispersas em "O Capital". Explora-se inicialmente as funções da moeda na circulação simples de mercadorias, avançando para o papel do dinheiro no sistema de crédito e na acumulação de capital. A distinção entre dinheiro-mercadoria, papel-moeda e dinheiro de crédito é detalhada, ressaltando o papel das instituições bancárias na gestão do capital monetário e na definição das taxas de juros. Destaca-se o impacto de fundos monetários específicos, como os de meios de circulação, reserva para pagamentos e entesouramento, no ciclo econômico. A análise sugere que as taxas de juros são configuradas por dinâmicas intercapitalistas e especulativas que afetam a estabilidade econômica. O papel do Banco Central na regulação da oferta monetária e na estabilidade do valor do ouro durante crises financeiras é discutido, concluindo que as teorias marxistas sobre o dinheiro oferecem reflexões cruciais para entender as dinâmicas econômicas contemporâneas e formular políticas econômicas mais eficazes.