Josiane Cristina Cardozo, Henrique Campos Freitas
Este estudo analisa as distinções fonéticas entre o Inglês Britânico e o Inglês Americano, com foco na roticidade da consoante /r/ e na vogal alongada. Partimos das concepções teóricas de Callou (1995), Massini-Cagliari e Cagliari (2001), Silva (2016), Costa (2022) por tratarem dos fenômenos fonéticos e fonológicos. A pesquisa comparou os discursos de dois falantes nativos: o ator americano Harrison Ford e o ator britânico Hugh Laurie, utilizando análise acústica com o software Praat. Os resultados revelaram que o Inglês Americano tende a ser mais rótico, com a consoante /r/ sendo pronunciada em todas as posições, enquanto o Inglês Britânico apresenta traços não-róticos, com a vogal alongada substituindo a consoante /r/ em determinados contextos. No entanto, observou-se um leve traço de /r/ retroflexo na fala de Hugh Laurie, sugerindo influências externas, como o contato com falantes americanos. O estudo conclui que as variações fonéticas não são absolutas e podem ser influenciadas por fatores sociais e culturais, destacando a natureza dinâmica da língua.