Este artigo apresenta uma proposta teórica voltada para a formulação de princípios fundamentais e diretrizes estratégicas para a governança da cooperação interinstitucional na área da saúde. A pesquisa adota uma abordagem qualitativa, descritiva e teórica, fundamentada em uma revisão da literatura especializada e em uma análise crítica de modelos conceituais consolidados nos campos da governança pública, colaborativa e interinstitucional, com especial ênfase em arranjos relacionados à saúde pública. Parte-se da premissa de que a ausência de estruturas normativas consistentes compromete a sustentabilidade da cooperação entre instituições, sobretudo em contextos caracterizados por elevada interdependência e complexidade decisória. A sistematização dos referenciais teóricos permitiu a identificação de categorias analíticas associadas à coordenação multinível, à capacidade de resposta e à coprodução de políticas — elementos centrais para a estruturação das atividades colaborativas. Os resultados evidenciam a interdependência entre os princípios fundamentais e as diretrizes estratégicas propostas, sugerindo que sua articulação pode contribuir para o aprimoramento dos mecanismos de cooperação institucional em saúde, com implicações para a coerência, adaptabilidade e continuidade das ações interorganizacionais.