Socorro, Portugal
The writing of African History, started in the 1950’s, initially focuses on the use of oral sources over written documents for the analysis of Africa’s past. Recent research have highlighted the importance of the interplay between the oral and the written in pre-colonial, colonial, and post-colonial contexts. This article explores literacy practices in northern Mozambique, examining how writing circulated and was used by people identified as “baneanes”, “mouros” and “mujojos”, between the end of the eighteenth century and early nineteen.
A escrita de uma História de África, iniciada na décadade de 1950, privilegiou o uso de fontes orais, em detrimento de documentos escritos, para a análise do passado africano. Recentemente, trabalhos de investigação têm apontado para a importância dos entrelaçamentos entre o oral e o escrito nas sociedades africanas, chamando a atenção para a presença de diferentes formas de literacia em contextos pré-coloniais, coloniais e pós-coloniais. O presente artigo explora práticas de literacia no Norte de Moçambique, analisando a forma como a escrita circulou e foi usada por sujeitos identificáveis ou iden-tificados como “baneanes” e “mouros”, “mujojos”, entre 1750 e 1830.