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Ângelo Vieira dos Reis, Fernando Antônio Focellini, Ubirajara Aracauna Pereira Ramos
A semeadura de precisão de grãos miúdos já vem sendo estudada. Uma das maneiras de realizar a tarefa é dotar as semeadoras atuais de dosadores pneumáticos, os quais se adaptam, teoricamente, às características das sementes miúdas (tamanho reduzido, forma alongada). No entanto, as pesquisas disponíveis sobre a dosagem pneumática são quase todas com sementes graúdas. Sendo assim, o presente artigo avalia os efeitos conjugados do diâmetro do orifício de dosagem e do diferencial de pressão de ar sobre a dosagem de sementes de arroz, procurando estabelecer uma relação entre esses parâmetros e a distância vertical de captação e o número de sementes captadas. A fim de realizar os experimentos foi construída uma câmara de vácuo cilíndrica. Numa das extremidades foram montadas uma tomada de ar (vácuo), um orifício para medição da pressão interna e na outra, o orifício de dosagem. Utilizaram-se orifícios com diâmetros de 1,0, 1,5 e 2,0 mm, conjugados com pressões manométricas de -3.000, -17.000 e -31.000 Pa. Conclui-se, que (a) a altura vertical de captação das sementes variou de 1,54 mm (menor orifício, maior pressão) a 6,71 mm (maior orifício, menor pressão); (b) o aumento do diâmetro do orifício tem um efeito mais pronunciado na altura de captação do que a redução na pressão; (c) os modelos físicos disponíveis não representam de forma adequada a variação da altura de captação de sementes de arroz; (d) a combinação do orifício de 1,0 mm com a pressão de -17.000 Pa fornece a maior precisão de captação.
