Brasil
The present article aims to analyze a set of determinations of capitalist production relations based on their form of manifestation on the surface of appearance, which, for this reason, become visible to the agents involved in these relations. Thus, the article seeks to follow a trajectory opposite to that outlined by Marx in the three volumes of Capital. The text begins with an analysis of the capitalist form of private property, aiming to demonstrate that this form necessarily implies the division of society between owners and nonowners, who are forced to work in exchange for wages. The second section analyzes the coercive structure that emerges from the relations of competition between capitalists, compelling them to continuously invest in the rationalization of the labor process. The third and final section aims to highlight that this coercive structure leads capitalists who invest in real production to become dependent on credit, granting financial capitalists significant power to define profitability levels and productivity standards. As a consequence, both the rationalization of the production process and the outbreak of crises are accelerated
O presente artigo pretende analisar um conjunto de determinações das relações de produção capitalista a partir de sua forma de manifestação na superfície do aparecimento, e que, por essa razão, se apresentam de modo visível para os agentes envolvidos nessas relações. Sendo assim, o artigo busca percorrer uma trajetória oposta àquela traçada por Marx nos três livros d´O Capital. O texto inicia-se com uma análise da forma capitalista da propriedade privada, visando demonstrar que essa forma implica, necessariamente, a divisão da sociedade entre proprietários e não proprietários, que são forçados a trabalhar em troca de salário. A segunda seção analisa a estrutura coercitiva que emana das relações de competição entre capitalistas e que os obriga a investir continuamente na racionalização do processo de trabalho. A terceira e última seção busca evidenciar que essa estrutura coercitiva conduz os capitalistas que investem na produção real à dependência do crédito, conferindo aos capitalistas financeiros um grande poder de definir os níveis de rentabilidade e padrões de produtividade. Como consequência, tanto a racionalização do processo de produção quanto a eclosão das crises são aceleradas.