Andreia Karla de Carvalho Barbosa Cavalcante, Gabriel Silva Lima, Elenito Bitencorth Santos, Lara Coutinho dos Santos, Isabella Moura Stephane, Anderson Araújo Corrêa, Rhaira Fernanda Ayoub Casalvara, Ingridy Rhaiany Parreira Menegassi, Ana Luisa Leite Alves Malheiro, Davit Willian Bailo, Carolina Gregório de Lima, Hugo de Sousa Leal Neto
A cicatrização de feridas e o manejo da dor pós-cirúrgica são desafios significativos na prática clínica. O canabidiol (CBD), um fitocanabinoide não psicoativo da planta Cannabis sativa, tem emergido como uma opção terapêutica promissora devido às suas propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e regenerativas. Este artigo revisa as evidências científicas sobre o uso do CBD nas diferentes fases da cicatrização de feridas—incluindo inflamação, proliferação e remodelação—e seu potencial para aliviar a dor pós-cirúrgica. O CBD atua principalmente por meio da modulação do sistema endocanabinoide (ECS), regulando a inflamação e promovendo a regeneração tecidual. Sua aplicação tópica tem demonstrado reduzir a formação de cicatrizes e acelerar a cicatrização, além de possuir propriedades antimicrobianas que ajudam a prevenir infecções. No manejo da dor, o CBD pode reduzir a necessidade de opioides, minimizando os riscos de dependência e outros efeitos colaterais. Apesar do potencial terapêutico, a transição para a prática clínica exige ensaios clínicos rigorosos para confirmar a eficácia e segurança do CBD, além da padronização das formulações e vias de administração. Conclui-se que o CBD tem grande potencial para revolucionar os tratamentos de feridas e o manejo da dor, melhorando os resultados clínicos e a qualidade de vida dos pacientes.