Este artigo consiste numa investigação de caráter metodológico sobre como a produção científica vem utilizando o termo “aporofobia” (aversão aos mais pobres) – proposto pela filósofa valenciana Adela Cortina em 1995 em seu estudo sobre a pobreza. Aqui serão destacadas as principais temáticas relacionadas ao uso do termo “aporofobia” por meio de indicadores bibliométricos. A bibliometria consiste em um método de análise quantitativa para a pesquisa científica. Com isso, queremos analisar a participação da produção científica brasileira relativa ao tema aporofobia a partir da base “Scopus”, dentro do Portal da Capes. Os dados coletados partem de descritores como "aporofobia" e “Adela Cortina”, analisados no período de 2018 a fevereiro de 2024. As ferramentas métricas utilizadas para avaliação do impacto e da relevância da pesquisa, bem como da confiabilidade desses dados, contribuem para confirmar a participação do Brasil na produção científica brasileira e a relevância e contribuição atual do termo aporofobia para a compreensão dos estudos sobre a pobreza no país. O interesse por esta pesquisa surgiu da necessidade de compreender como o Brasil vem se posicionado academicamente em relação a outros países que publicam sobre o tema. Conforme demonstrado no estudo, países como Chile, Colômbia, México e, principalmente, a Espanha se destacam nos estudos sobre a “aporofobia” para identificar padrões e tendências sobre a discriminação aos pobres.