Larissa Passos Cardoso, Fátima Lima do Carmo, Guilherme Santos Reis, Romário Vinícius de Souza Santos, Luiz André Santos Silva, Marília Trindade de Santana Souza, Elisama de Campos Guimarães, Grace Kelly Melo de Almeida
O câncer de próstata, geralmente, apresenta um crescimento lento e assintomático, não representa uma ameaça imediata. Contudo, em alguns casos, pode desenvolver-se rapidamente, disseminar-se. Ademais, prostatectomia radical (PR) é um procedimento cirúrgico que remove a próstata sendo indicada para pacientes com recorrência da doença. Entretanto, complicações podem ocorrer, como incontinência urinária (IU) devido a possíveis danos ao esfíncter urinário. A IU afeta a maioria dos homens submetidos à PR. Entre os recursos fisioterapêuticos utilizados para o tratamento da IU destacam-se o cinesioterapia, treinamento muscular do assoalho pélvico (TMAP), treinamento da bexiga, biofeedback (BFB), estimulação elétrica funcional, eletrodo endo-anal. Objetivou-se com este estudo avaliar as evidências científicas sobre o tratamento fisioterapêutico na IU decorrente da PR. Foi realizada uma revisão de literatura acerca dos benefícios da Fisioterapia Pélvica no tratamento da IU em pacientes pós PR, sendo consideradas publicações entre 2014 e 2024, em inglês e português. O levantamento bibliográfico deu-se por meio das bases de dados LILACS, PubMed e SciELO. Foi possível observar que o TMAP é o tratamento de primeira linha por proporcionar resultados satisfatórios na recuperação da continência urinária. Além disso, quando associado a outras intervenções como TENS, BFB, acupuntura, eletroestimulação endo-anal mostra-se mais eficaz para o fortalecimento do assoalho pélvico (AP). Percebeu-se que a temática é bastante discutida na literatura, porém com poucos estudos controlados e randomizados avaliando as intervenções fisioterapêuticas. Portanto, faz-se necessária a realização de mais estudos que avaliem e demonstrem a importância e os benefícios da Fisioterapia Pélvica na IU em pacientes pós PR.