A pesquisa investiga como metas rigorosas e tecnologias intensivas afetam a saúde dos operadores de teleatendimento, abordando também a "exclusão inclusiva", em que grupos vulneráveis encontram trabalho em condições precárias. A metodologia combina revisão de literatura, análise jurídica e um estudo de caso sobre dinâmicas organizacionais em call centers, explorando os impactos na saúde e eficiência das empresas. A relevância do estudo reside na necessidade de promover ambientes de trabalho mais justos, alinhando produtividade e qualidade de vida. O trabalho confirma que a precarização é uma característica dominante do setor, com controle excessivo, jornadas extenuantes e metas inatingíveis. O assédio moral é comum, sendo empregado por supervisores para maximizar resultados por meio de humilhações públicas e monitoramento abusivo. Esse comportamento é contínuo e sistemático, desgastando emocionalmente os trabalhadores. O estudo revelou que o telemarketing atrai majoritariamente mulheres, jovens e negros com baixa escolaridade, reforçando a lógica de precariedade e rotatividade. A análise sobre a legislação constatou que normas como a NR-17 e a jornada de seis horas frequentemente não são respeitadas. A Reforma Trabalhista de 2017 intensificou a precarização, ampliando a terceirização e reduzindo o poder de negociação dos operadores.