Malu Oliveira Santos, Livia Fernandes Probst, Vanessa Pardi, Letícia Santos Alves de Melo, Caroline Meronha de Lima, Elaine Pereira da Silva Tagliaferro
Objetivo: avaliar a associação entre a cobertura do atendimento odontológico à gestante na Atenção Primária à Saúde e indicadores municipais e de desempenho das equipes de saúde, em nível nacional. Métodos: estudo transversal em que dados secundários de acesso público foram coletados, modelos de regressão logística simples e múltiplo foram estimados e odds ratio (OR) foram calculados, tendo como desfecho a “proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado” em 2019 (p<0,05). Resultados: a cobertura média do atendimento odontológico à gestante foi de 19,46%. Os preditores com maior tamanho de efeito para o desfecho “menor proporção de gestantes com atendimento odontológico” foram: regiões Sul (OR=1,52; IC95%: 1,29-1,80), Sudeste (OR=1,75; IC95%: 1,50-2,03) e Centro-Oeste (OR=2,14; IC95%: 1,72-2,65); menor cobertura de saúde bucal (OR=2,35; IC95%: 2,03-2,72), menor proporção de Equipes de Saúde Bucal (ESB) que realizam planejamento (OR=1,47; IC95%: 1,27-1,70), e que realizam discussão de casos/projetos terapêuticos (OR=1,40; IC95%: 1,22-1,59); menor proporção de Equipes de Atenção Básica (EAB) com registro de consulta odontológica da gestante (OR=1,88; IC95%: 1,65-2,14). Conclusão: a cobertura do atendimento odontológico à gestante foi baixa e associada à região geográfica, à cobertura de saúde bucal, ao engajamento das ESB e EAB nas atividades de atenção à saúde bucal.