Este estudo teve como objetivo identificar as implicações do exercício físico ativo na função muscular de crianças com paralisia cerebral, por meio de uma revisão bibliográfica da literatura publicada entre 2019 e 2024 em periódicos indexados nas bases PubMed, BVS e Scopus. A revisão descritiva incluiu estudos clínicos controlados, revisões sistemáticas, estudos de coorte e ensaios clínicos randomizados, com foco em intervenções de exercícios aeróbicos e anaeróbicos, como treinamento de força e treino de marcha. Inicialmente, 370 artigos foram identificados, dos quais 137 foram selecionados para leitura completa. Após análise e aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 29 estudos foram incluídos na pesquisa. Os resultados indicaram que 51% das intervenções utilizaram exercícios anaeróbicos, com a maioria dos participantes sendo menores de 18 anos; 37% dos indivíduos foram classificados nos níveis I e II do Gross Motor Function Classification System (GMFCS). As implicações encontradas sugerem que o exercício físico ativo pode resultar em fadiga muscular, aumento da força muscular, melhora do desempenho da marcha, da capacidade funcional, da mobilidade, do equilíbrio dinâmico, do controle postural e da função motora grossa, dependendo da carga e da duração do exercício. Conclui-se que, embora os resultados mostrem efeitos positivos do exercício físico ativo, são necessários mais estudos com maior nível de evidência, além de intervenções em grupos com classificação mais alta no GMFCS.