Marajane de Alencar Loyola, Tânia Cilene Soares Costa, Marília de Alencar Santos, Marlise de Alencar Santos
O presente artigo explora as complexas relações entre as lealdades financeiras herdadas das famílias de origem e a dinâmica conjugal, destacando como as crenças e padrões financeiros influenciam decisões, conflitos e a construção da identidade no casamento. O estudo revela que, para além da simples gestão de recursos, as questões financeiras no casamento carregam significados simbólicos profundos, relacionados a temas como poder, segurança, confiança e identidade. O estudo argumenta que as lealdades financeiras, muitas vezes inconscientes, influenciam as decisões econômicas conjuntas, afetando diretamente as interações do casal sobre consumo, poupança e investimentos. As discrepâncias nas crenças financeiras podem gerar conflitos, e é nesse contexto que abordagens terapêuticas, como a comunicação não violenta e a negociação de valores, podem promover uma escuta empática e o reconhecimento das influências familiares que moldam as atitudes em relação ao dinheiro. O artigo destaca que as disparidades financeiras no casamento, quando não tratadas adequadamente, podem gerar ciclos de desconfiança e desarmonia, tornando essenciais as estratégias terapêuticas que incentivem a comunicação clara, a renegociação de valores e o alinhamento de expectativas financeiras. Ao compreender as lealdades financeiras e suas implicações emocionais, os casais podem transformar os conflitos financeiros em oportunidades de crescimento conjugal, promovendo uma relação mais equilibrada e harmoniosa. O processo terapêutico, assim, não deve ser visto apenas como uma ferramenta para a resolução de disputas materiais, mas como um meio para fortalecer o vínculo emocional e a identidade compartilhada dentro do casamento.