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Tuany Caroline Bernardi, Maria Luiza Paes Carpine, Mariane Fantinelli Venarusso, Lucca Blanco, Clara Mayumi Mikami, Andreia Karla de Carvalho Barbosa Cavalcante, Isabele Seidl, Nayara Michele Monteiro Sousa, Samily Cristina Pestana
O câncer de mama é a neoplasia maligna mais prevalente entre as mulheres globalmente, representando um desafio significativo à saúde pública. Este estudo investiga a crescente incidência de câncer de mama em mulheres jovens no Brasil entre 2014 e 2023, com ênfase na faixa etária de 40 a 49 anos, historicamente excluída das diretrizes nacionais de rastreamento. A análise dos dados do Sistema de Informação do Câncer (SISCAN) evidencia um aumento substancial no número de mamografias realizadas, particularmente após 2020, com uma recuperação observada no período pós-pandêmico. Entretanto, a alta proporção de exames inconclusivos (BI-RADS 0) revela a necessidade de aprimoramentos técnicos e da capacitação de profissionais de saúde. Os dados também mostram um aumento na detecção de carcinomas ductal in situ e invasivos, além da redução nos diagnósticos em estágios avançados, o que sugere uma possível contribuição do rastreamento ampliado para a detecção precoce. No entanto, o crescimento nos diagnósticos de tumores triplo-negativos, uma variante mais agressiva da doença, ressalta a urgência no desenvolvimento de estratégias terapêuticas mais eficazes. O aumento geral dos casos de câncer de mama, associado às variações no estadiamento, indica a necessidade de reformular os programas de rastreamento e detecção precoce no Brasil. A intensificação das campanhas de conscientização, a ampliação do acesso a exames preventivos e o aprimoramento do sistema de registro oncológico são fundamentais para oferecer uma compreensão mais detalhada do cenário do câncer de mama no país.
