O CrossFit caracteriza-se pelo treinamento de força e condicionamento, realizando movimentos funcionais de alta intensidade. Apesar dos benefícios fisiológicos, a modalidade sofre críticas com relação ao seu potencial lesivo. Desta forma, este estudo teve como objetivo descrever a incidência de lesões no CrossFit, realizando um comparativo entre gêneros, idades e tempo de experiência na modalidade. A pesquisa de campo, aplicada, quantitativa, descritiva, investigou os praticantes das cidades de Porto União e União da Vitória. A amostra não probabilística intencional contou com 59 praticantes de ambos os sexos, idades entre 15 e 44 anos, que treinassem somente essa modalidade a pelo menos seis meses, num mínimo de três dias semanais, assiduamente. Foi aplicado uma entrevista semiestruturada, construída especificamente para este estudo. Para realização da pesquisa, primeiramente esta foi aprovada pelo Núcleo de Ética e Bioética; Convite e familiarização dos sujeitos com a pesquisa; Preenchimento de um termo de consentimento livre e esclarecido; Coleta de dados. Os dados foram analisados a partir da estatística descritiva. Ao final, contabilizando o fato de que 33,9% dos praticantes apresentaram alguma lesão relacionada com a prática desta modalidade, considera-se o CrossFit como uma prática de baixa incidência lesiva, principalmente quando comparado a incidência de lesões relacionadas à prática de outras modalidades. Sobre os fatores associados as lesões, existe uma maior ocorrência em praticantes homens e com um tempo de experiência superior a um ano, acrescentando o fato da realização de treinamentos extras sem a devida supervisão/periodização. A idade não apresentou relação com a incidência de lesões.