Sandra Soares Mendes, Bruno Fernando Moneta Moraes, Carolina Pasquini Praxedes Salvi, Milva Maria Figueiredo de Martino
Durante a graduação, os estudantes enfrentam diversas situações que, embora promovam o crescimento pessoal, podem comprometer o bem-estar, o sono, a saúde e a qualidade de vida. Este estudo objetivou analisar a relação entre as características individuais, a qualidade do sono e a percepção da qualidade de vida de estudantes de graduação em enfermagem. Trata-se de um estudo transversal de abordagem quantitativa, analítica e comparativa, desenvolvido com 187 graduandos de enfermagem de uma instituição de ensino superior privada localizada em uma cidade no Sul do Estado de Minas Gerais, Brasil. Os instrumentos de coleta de dados foram um questionário de caracterização individual, o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh e o instrumento para análise de qualidade de vida WHOQOL-Bref. Houve predomínio de mulheres, adultas, jovens, sem filhos, que trabalhavam, e que não praticavam atividade física. Trabalho, custeio dos estudos e gênero feminino estiveram associados à menor duração do sono e pior qualidade de vida. A pior percepção no domínio físico da qualidade de vida esteve relacionada à pior qualidade do sono. Obteve-se qualidade de sono ruim para todos os anos do curso, duração do sono inferior a 7h por dia, além de queixas de sonolência diurna. Constatou-se, portanto, alterações do sono com prejuízos na qualidade de vida. Sugere-se estratégias educativas para a higiene do sono e estímulo de comportamentos promotores de saúde para melhorias na saúde geral, acadêmica e de qualidade de vida nesta população.