Lucas Carvalho Martins, Luciana Oranges Cezarino, Nayany Santos Martins, Liliane da Silva Nascimento, Luciana Kotnik de Matos Carvalho, Mariane Ribeiro Almeida
Desde a notificação do Sars-CoV-2 à OMS, em dezembro de 2019, a pandemia sobrecarregou os sistemas de saúde, especialmente nas UTIs. Este estudo teve como objetivo analisar a qualidade de vida e a satisfação no trabalho de profissionais que atuam em UTIs Covid-19 nas redes pública e privada de Ituiutaba-MG. A amostra consistiu em 24 profissionais, 12 de cada rede, com análise quantitativa e estatística descritiva e inferencial, utilizando o teste qui-quadrado. Na rede privada, 75% dos profissionais eram mulheres, e 83,33% estavam satisfeitos com a jornada de trabalho. Na rede pública, 100% dos entrevistados estavam satisfeitos com a jornada. Em relação ao cansaço, 50% dos profissionais da rede privada relataram cansaço, enquanto na rede pública, a taxa foi de 50% de cansados e 50% de não cansados. Quanto aos problemas psicológicos devido ao stress, 66,67% da rede privada e 42% da rede pública relataram tais problemas. A carga horária foi mais impactada na rede privada (58,33%) do que na rede pública (33%). Em relação à responsabilidade por pacientes, 62,5% dos profissionais eram responsáveis por mais de 6 pacientes. Quanto ao apoio psicológico, 58,33% da rede privada e 50% da rede pública receberam acompanhamento. A análise inferencial não encontrou associação significativa entre o setor de trabalho e a satisfação, problemas com sono ou problemas psicológicos. Os resultados sugerem que, apesar das diferenças entre as redes, o setor de atuação não influencia significativamente as condições de trabalho ou a saúde mental.