Resumo: Este artigo aborda o conceito de natureza humana, de Tomás de Aquino, sob uma perspectiva de que ele representa uma síntese refinada da filosofia de Aristóteles e da teologia cristã, destacando suas relevâncias para a sociedade contemporânea. Tomás de Aquino entende a homem como “animal racional”, guiado ao bem comum por uma lei natural, e orientado para a comunhão com Deus (Tomás de Aquino, 1265-1274). Através da leitura e análise de textos primários e secundários, este artigo mostra como a perspectiva de São Tomás – fincada na razão, na virtude e na harmonia com a natureza – oferece um panorama completo para os dilemas típicos da sociedade moderna, como por exemplo, para o individualismo descontrolado, para a degradação moral assim com para as desigualdades sociais. Os resultados da pesquisa revelam que a filosofia de Tomás de Aquino defende um equilíbrio harmonioso entre autonomia individual e obrigação coletiva, na medida em que apresenta um contraponto interessante aos paradigmas dominantes do liberalismo secular e do utilitarismo no cenário intelectual de nossos dias. As implicações centrais desta pesquisa abrangem a revitalização das virtudes para promover a solidariedade social, uma rearticulação matizada da lei natural dentro de uma estrutura pluralista e a aplicação prática a questões éticas urgentes – como justiça social e administração ambiental – com destaque particular para o Vietnã contemporâneo.
Abstract: This article investigates Thomas Aquinas’s conceptualization of human nature, which emerges from a sophisticated synthesis of Aristotelian philosophy and Christian theology, and explores its relevance to contemporary social existence. Aquinas posits humanity as a "rational animal," inherently disposed toward the common good, governed by natural law, and oriented toward ultimate fulfillment in divine communion (Aquinas, 1265-1274). Through an analysis of primary texts and secondary scholarship, this study elucidates how Aquinas’s perspective—rooted in reason, virtue, and communal harmony—provides a compelling framework for addressing modern societal dilemmas, including rampant individualism, moral disintegration, and pervasive social inequities. The findings reveal that Aquinas’s theoretical construct champions a harmonious equilibrium between individual autonomy and collective obligation, presenting a stark counterpoint to the dominant paradigms of secular liberalism and utilitarianism in today’s intellectual landscape. Central implications of this inquiry encompass the revitalization of virtues to foster social solidarity, a nuanced rearticulation of natural law within a pluralistic framework, and the practical application of Aquinas’s philosophy to pressing ethical concerns-such as social justice and environmental stewardship—with particular resonance for contemporary Vietnam.