Este trabalho teve como objetivo estudar os processos fisiológicos envolvidos no estabelecimento de protocolos de micropropagação do calanchoe (Kalanchoe blossfeldiana Poelln.) via organogênese. Foram testados dois cultivares, Gold Strike e Klabat, utilizando diferentes tipos de explantes: segmentos de limbo e de pecíolo. Após desinfecção, os explantes foram inoculados em meio de cultura MS, acrescido de BAP (0; 0,5 e 1,0 mg L-1) na 1a etapa e posteriormente transferidos para meio MS acrescido de BAP (0; 0,5 e 1,0 mg L-1) combinado com 0,03 mg L-1 de ANA ou AIB. As culturas foram mantidas sob temperatura de 25±1oC e fotoperíodo de 14h. As respostas morfogênicas iniciaram 21 dias após a inoculação dos explantes. Nenhuma das condições de cultura testadas induziu a organogênese direta, sendo que a formação de gemas aéreas adventícias foi sempre precedida da formação de calos. O tratamento que induziu maior quantidade de calos e gemas aéreas adventícias foi a utilização de segmentos de limbo do cv. Klabat, cultivados em meio MS + 1,0 mg L-1 BAP + 0,03 mg L-1 ANA. Foi observada influência do genótipo e tipo de explante sobre a indução de resposta morfogênica, sendo que o cv. Gold Strike mostrou ser recalcitrante quando comparado ao cultivar Klabat, o mesmo acontecendo com explantes de pecíolo para ambos os genótipos testados.