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Raquele Mendes de Lira, Ênio Farias de França e Silva, Djalma Euzébio Simões Neto, Alexandre Nascimento dos Santos, Leandro Cándido Gordin, Edimir Xavier Leal Ferraz, Hammady Ramalho Soares, Jucicléia Soares da Silva
A cana-de-açúcar quando chega à indústria, passa por uma análise tecnológica de rotina para caracterizar sua qualidade. Sabendo que a salinidade pode afetar as culturas de diversas maneiras objetivou com o presente trabalho avaliar o efeito da salinidade da água de irrigação e duas frações de lixiviação nos parâmetros tecnológicos da cana-de-açúcar. Realizou-se um experimento em lisímetros de drenagem na UFRPE, campus de Recife, com delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 5x2 com 4 repetições, sendo cinco níveis de salinidade da água de irrigação: T1=0,5; T2=2,0; T3=3,5; T4=5,0 e T5= 6,5 dS m-1, obtidos com a adição de NaCl e CaCl2 à água de abastecimento local, no qual, T1 foi a testemunha, ou seja, sem adição de sais na água de abastecimento, e duas frações de lixiviação: L1=100 e L2=120% da evapotranspiração da cultura (ETc). Aos 60 dias após o plantio (DAP) às plântulas passaram a receber os tratamentos salinos com frequência de rega diária até os 285 DAP. A colheita foi realizada aos 360 DAP e avaliou-se Brix, sacarose do caldo (Pol), Pol da cana corrigida (PCC), açúcar total recuperável (ATR) e fibra. A salinidade da água proporcionou incremento no Brix e na fibra isoladamente na ordem de 11,66 e 13,17% com aumento unitário da salinidade da água de irrigação em dS m-1. Já para ATR houve interação entre os dois fatores, com incremento em função da salinidade da água de irrigação e maiores médias quando se utilizou a fração de 120% da ETc. Encontrou-se menores resultados no Pol com uso da fração de lixiviação de 100% da ETc, e o inverso no teor de fibras. A salinidade da água de irrigação influenciou de maneira positiva o brix, o teor de fibras e a ATR da cana-de-açúcar com maiores resultados de ATR ao se utilizar a fração de lixiviação de 120% da ETc.
