Patrícia Schneider Severo, Flávio Sacco dos Anjos
, Fernanda Novo da Silva
Uno de los rasgos fundamentales que definen la agricultura familiar es la centralidad del trabajo doméstico en los procesos productivos. Sin embargo, claras son la evidencias de que los cambios demográficos, sobre todo el proceso de envejecimiento de la fuerza de trabajo rural, produce una serie de implicaciones sobre el modo como operan hoy día dichas explotaciones, lo que pone en entredicho su continuidad. Ese fenómeno impacta fuertemente los estados meridionales de Brasil, en especial a Rio Grande do Sul. Es en el extremo sur ‘gaucho’ que el cultivo del durazno fue implantado en el siglo XIX por inmigrantes europeos, el cual es conducido mayormente en explotaciones familiares. La producción tanto puede ser destinada a la fabricación de conservas como para el consumo in natura. Es un cultivo que ocupa expresivo número de trabajadores externos (zafreros) en las operaciones de poda, raleo y especialmente en la cosecha. No obstante, en los últimos años hay un flagrante descenso en la disponibilidad de mano de obra rural a raíz de las transformaciones demográficas incidentes en el campo. El objetivo central del artículo es analizar las relaciones de trabajo tejidas entre productores y trabajadores empleados durante el ciclo productivo. Dicha investigación realizó entrevistas en profundidad y otros recursos metodológicos. El estudio trajo a la luz la invisibilidad de las relaciones contraídas entre productores y la fuerza laboral empleada durante el ciclo productivo, además de las reglas que rigen su funcionamiento, las formas de contratación, condiciones ofrecidas a los trabajadores y la importancia de la agricultura familiar en la ocupación de la mano de obra y generación de renta rural.
Palabras clave: Agricultura familiar. Mano de obra rural. Agricultura. Pluriactividad.
One of the fundamental features that define family farming is the centrality of domestic work in production processes. However, the evidence is clear that demographic changes, especially the aging process of the rural labor force, produce a series of implications for the way in which these farms operate today, which calls into question their continuity. This phenomenon strongly impacts the southern states of Brazil, especially Rio Grande do Sul. It is in the extreme south of ‘gaucho’ that the cultivation of peaches was implanted in the 19th century by European immigrants, which is mainly conducted on family farms. Production can be used both for canning and for in-natural consumption. It is a crop that occupies an expressive number of external workers (sappers) in pruning, thinning operations and especially in the harvest. However, in recent years there has been a flagrant decline in the availability of rural labor as a result of the demographic transformations that have occurred in the countryside. The main objective of the article is to analyze the woven labor relations between producers and workers employed during the production cycle. This investigation carried out in-depth interviews and other methodological resources. The study brought to light the invisibility of the relationships contracted between producers and the labor force employed during the production cycle, in addition to the rules that govern its operation, the forms of hiring, conditions offered to workers and the importance of family farming in the occupation of labor and generation of rural income.
Keywords: Family Farming. Rural labour force. Peach production. Pluriactivity.
Um dos traços fundamentais que definem a agricultura familiar é a centralidade do trabalho doméstico nos processos produtivos. Todavia, claras são as evidências de que as mutações demográficas, sobretudo o processo de envelhecimento da força de trabalho rural, trazem consigo uma série de desdobramentos sobre o modo como operam hoje tais explorações, ameaçando sua continuidade. Esse fenômeno impacta fortemente os estados meridionais do Brasil, especialmente o Rio Grande do Sul. É no extremo sul gaúcho que a cultura do pêssego foi implantada no século XIX por imigrantes europeus, a qual é majoritariamente conduzida em explorações familiares. A produção tanto pode ser destinada para fabricação de compotas como para o consumo in natura. Trata-se de cultivo que ocupa um grande número de trabalhadores externos (safristas) nas operações de poda, raleio e especialmente colheita. Não obstante, nos últimos anos há um flagrante descenso na disponibilidade dessa mão de obra rural por conta das transformações gerais que incidem sobre o campo. O objetivo central desse artigo é analisar as relações de trabalho tecidas entre produtores familiares e os trabalhadores empregados durante o ciclo do pêssego. A investigação envolveu a realização de vinte entrevistas em profundidade e de outras técnicas de pesquisa. O estudo trouxe à luz a invisibilidade das relações tecidas entre produtores e a força de trabalho empregada durante o ciclo produtivo, as regras que regem o seu funcionamento, as formas de contratação, condições oferecidas aos trabalhadores e a importância da agricultura familiar como empregadora e geradora de renda rural.
Palavras-chave: Agricultura familiar. Força de trabalho rural. Persicultura. Pluriatividade.