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Rosa de O. Treptow, Joao Luís Vendruscolo
A recente abertura comercial do Brasil às importações tornou o pêssego em calda de origem grega, forte concorrente do produto nacional. Esse fato tem provocado discussões e polêmicas com relação a qualidade do produto, que compete com o produto nacional em desigualdade de condições, podendo inviabilizar a industria conserveira da região de Pelotas, RS. Objetivou-se avaliar as características de diferentes conservas de pêssego de origem nacional e grega. Quatro marcas nacionais tipo Especial e quatro marcas gregas, foram analisadas quanto às suas características físicas, químicas e sensoriais. Pelos resultados, constatou-se um controle deficiente do peso drenado e grande variabilidade do número de metades/lata no produto nacional, enquanto que o produto grego apresentou baixo índice de vácuo, falha de processamento que afeta a vida-de-prateleira do produto. A preferência dos consumidores foi determinada, não pela procedência dos pêssegos em calda, mas sim pelas características sensoriais das marcas do produto. De maneira geral, no teste discriminativo efetuado por painel treinado o produto nacional se destacou pelo sabor mais intenso, textura mais tenra e maior doçura, enquanto que o grego se destacou pela aparência, apresentando coloração mais característica e menor nível de oxidação. A marca preferida foi uma nacional, sendo que o atributo que determinou a preferência foi o sabor (78%) seguido da aparência (10%) e textura (8%)
