Objective: To explore the mediating role of self-criticism in the relationship between infertility stress and symptoms of anxiety and depression in women diagnosed with an infertility diagnosis or trying to conceive for more than a year. Method: The study included 130 women aged 21 to 44, either diagnosed with infertility or attempting to conceive for over a year, recruited through a non-probabilistic method by self-selection. An online platform was used for the completion of self-report instruments to collect sociodemographic and clinical information and to assess infertility stress, self-criticism, and symptoms of anxiety and depression. Results: Mediational analysis showed that higher levels of infertility stress were associated with more symptoms of anxiety and depression, with this relationship being partially mediated by self-criticism. Conclusions: Infertility, as a stress inducer, can lead to critical internal dialogue, increasing the vulnerability to symptoms of anxiety and depression. Compassion-focused interventions may be beneficial for this population.
Objetivo: Explorar o papel mediador do autocriticismo na relação entre o stress da infertilidade e a sintomatologia ansiosa e depressiva em mulheres diagnosticadas com infertilidade ou a tentar conceber há mais de um ano. Métodos: Participaram 130 mulheres, entre 21 e 44 anos, com diagnóstico de infertilidade ou a tentar conceber há mais de um ano, recrutadas por método não probabilístico, através de amostragem por autosseleção. Utilizou-se uma plataforma online para o preenchimento de instrumentos de autorresposta, visando a recolha de dados sociodemográficos, clínicos e avaliação do stress da infertilidade, autocriticismo, e sintomatologia ansiosa e depressiva. Resultados: A análise mediacional mostrou que maiores níveis de stress na infertilidade se associaram a níveis mais elevados de sintomatologia ansiosa e depressiva, sendo esta relação parcialmente mediada pelo autocriticismo. Conclusões: A infertilidade, ao induzir stress, pode levar a um diálogo interno crítico, aumentando a vulnerabilidade para sintomatologia ansiosa e depressiva. Intervenções focadas na compaixão podem ser benéficas para esta população.