Context and Aim: Adherence to antiretroviral treatment (ART) among men who have sex with men (MSM) living with HIV poses a public health challenge. Although studies in developed countries emphasize the role of psychosocial factors in ART adherence, there is limited research on this association among Brazilian MSM living with HIV. This study examined the impact of depression, anxiety, internalized homonegativity, and HIV-related stigma on ART adherence in a sample of this population. Method: A cross-sectional study recruited 43 MSM living with HIV (Mage = 34.93, SD = 7.90) through social media. Instruments included sociodemographic and clinical questionnaires, the Questionnaire for Assessment of Adherence to Antiretroviral Treatment, the Beck Depression Scale, the Trait-State Anxiety Inventory, the Internalized Homophobia Scale, and the HIV Stigmatization Scale. Results: Twelve participants (27.9%) showed inadequate ART adherence, and 18 (41.8%) reported signs and symptoms of depression at clinical level. Depression was negatively and moderately correlated with ART adherence. HIV-related stigma was positively and moderately correlated with depression, trait anxiety, and homonegativity. Depression significantly impacted ART adherence, explaining 13.4% of the variance. Conclusions: Our results highlight the need for regular depression screening and affirmative interventions to support MSM living with HIV, addressing stigma, and promoting adherence to ART.
Contexto e Objetivo: A adesão ao tratamento antirretroviral (TARV) entre homens que têm sexo com homens (HSH) vivendo com HIV representa um desafio para a saúde pública. Embora estudos realizados em países desenvolvidos enfatizem o papel dos fatores psicossociais na adesão ao TARV, há uma investigação limitada sobre essa relação entre HSH brasileiros vivendo com HIV. Este estudo examinou o impacto da depressão, ansiedade, homonegatividade internalizada e estigma relacionado ao HIV na adesão ao TARV numa amostra dessa população. Método: Um estudo transversal recrutou 43 HSH vivendo com HIV (Midade = 34,93, DP = 7,90) através das redes sociais. Os instrumentos incluíram questionários sociodemográficos e clínicos, o Questionário de Avaliação da Adesão ao Tratamento Antirretroviral, a Escala de Depressão de Beck, o Inventário de Ansiedade Traço-Estado, a Escala de Homofobia Internalizada e a Escala de Estigmatização do HIV. Resultados: Doze participantes (27,9%) mostraram adesão inadequada ao TARV, e 18 (41,8%) relataram sinais e sintomas de depressão em nível clínico. A depressão correlacionou-se negativamente e de forma moderada com a adesão ao TARV. O estigma relacionado ao HIV correlacionou-se positivamente e de forma moderada com a depressão, ansiedade traço e homonegatividade. A depressão influenciou significativamente a adesão ao TARV, explicando 13,4% da variância. Conclusões: Os nossos resultados destacam a necessidade de rastreio regular da depressão e de intervenções afirmativas para apoiar HSH vivendo com HIV, abordando o estigma e promovendo a adesão ao TARV.