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Background: With the increasing prevalence of academic burnout among university students, it becomes essential to deepen the understanding of this phenomenon in demanding educational contexts, aiming to improve signaling and intervention. Objective: To investigate the levels of burnout among university students and their relationships with sociodemographic and academic variables, and to examine the impact of burnout and self-concept on academic performance in a Portuguese sample. Methods: A total of 1122 Portuguese university students participated, aged between 17 and 65 years (M = 23.59), mostly female (n = 850; 75.8%). An Academic-sociodemographic Questionnaire, the Self-Description Questionnaire III, and the Oldenburg Burnout Inventory – Student Version were used. Results: Low levels of burnout predominated. Female students reported lower levels of burnout and superior academic performance compared to men. Although a decrease in burnout was observed with the advancement in academic years (r = -.13; p < .01), an increase was noted with age progression (r = 0.22; p < .01). More demanding areas such as Mathematics and Statistics showed higher levels of emotional exhaustion. A positive self-concept was associated with lower levels of burnout. Emotional Exhaustion (β = 0.10; p < .01), Emotional Disengagement (β = 0.21; p < .001), and Academic Self-Concept (β = -0.52; p < .001) were significant predictors of academic performance. Conclusions: Burnout and self-concept predict academic performance, underscoring the need for targeted interventions that strengthen self-concept and mitigate burnout to promote a healthier academic environment.
Contexto: Com a prevalência crescente do burnout académico em estudantes universitários, torna-se essencial aprofundar a compreensão deste fenómeno em contextos educativos exigentes, visando melhorar a sinalização e intervenção. Objetivo: Investigar os níveis de burnout em estudantes universitários e as suas relações com variáveis sociodemográficas e académicas e examinar o impacto do burnout e do autoconceito e no desempenho académico numa amostra portuguesa. Métodos: Participaram 1122 estudantes universitários portugueses, com idades entre os 17 e 65 anos (M = 23,59), maioritariamente do sexo feminino (n = 850; 75,8%). Aplicaram-se um Questionário Sociodemográfico-Académico, o Self-Description Questionnaire III e o Oldenburg Burnout Inventory – Student Version. Resultados: Predominaram baixos níveis de burnout. As estudantes reportaram níveis inferiores de burnout e desempenho académico superior comparativamente aos homens. Embora se tenha observado uma diminuição de burnout com o avanço nos anos académicos (r = -0,13; p< 0,01), verificou-se um aumento com a progressão da idade (r = 0,22; p < 0,01). Áreas mais exigentes como Matemática e Estatística mostraram maiores níveis de exaustão emocional. Um autoconceito positivo associou-se a menores níveis de burnout. A Exaustão Emocional (β = 0,10; p < 0,01) e o Distanciamento Emocional (β = 0,21; p < 0,001) e o Autoconceito Académico (β = -0,52; p < 0,001) revelaram-se preditores significativos do desempenho académico. Conclusões: O burnout e o autoconceito predizem o desempenho académico, sublinhando a necessidade de intervenções direcionadas que fortaleçam o autoconceito e mitiguem o burnout, de modo a promover um ambiente académico mais saudável.
