Uruguay
A pesar de los progresos en la participación de las mujeres en la ciencia, aún persisten brechas de género en el avance de sus carreras académicas. Al analizar las brechas de género en la ciencia académica en Uruguay, este artículo problematiza la influencia de la maternidad en dimensiones clave como la formación de posgrado, el acceso a cargos y la producción bibliográfica. A partir de diversas fuentes de información, se construyó una base de datos longitudinal que permite conocer cómo las responsabilidades de cuidados de hijos condicionan las trayectorias académicas de mujeres a lo largo de su curso de vida. Este artículo pone en evidencia la acumulación de desigualdades de género a lo largo de las carreras académicas. Se constata que las brechas de género son casi inexistentes al inicio de las carreras, aumentan a medida que las mujeres avanzan en ellas y se profundizan cuando son madres. Si bien la maternidad no es el único factor relevante para explicar las brechas de género, las responsabilidades de cuidados contribuyen a la ampliación y persistencia de desigualdades en la ciencia en Uruguay.
Despite progress in the participation of women in science, gender gaps persist in the advancement of their academic careers. Based on the analysis of gender gaps in academic science in Uruguay, this article problematizes the influence of motherhood on key dimensions such as postgraduate training, access to positions and bibliographic production. A longitudinal database was constructed from various sources of information to show how childcare responsibilities condition women’s academic trajectories throughout their life course. This article highlights the accumulation of gender inequalities throughout academic careers. It finds that gender gaps are almost non-existent at the beginning, increase as women advance in their careers, and deepen when they become mothers. Although motherhood is not the only relevant factor in explaining gender gaps, care responsibilities contribute to the widening and persistence of inequalities in science in Uruguay.
Apesar dos progressos na participação das mulheres na ciência, persistem lacunas na progressão das suas carreiras académicas. Este artigo analisa as brechas de género na ciência acadêmica no Uruguai, problematizando a influência da maternidade em dimensões-chave como a pós-graduação, o acesso a cargos e a produção bibliográfica. Utilizando diversas fontes de informação, foi construída uma base de dados longitudinal que permite conhecer como as responsabilidades de cuidado dos filhos condicionam as trajetórias acadêmicas das mulheres ao longo da sua vida. Este trabalho evidencia a acumulação de desigualdades de gênero ao longo das carreiras acadêmicas. Constata-se que as disparidades de gênero são praticamente inexistentes no início das carreiras, aumentam à medida que as mulheres avançam nelas e se aprofundam quando são mães. Embora a maternidade não seja o único fator relevante para explicar as disparidades de gênero, as responsabilidades de cuidado contribuem para a ampliação e persistência das desigualdades na ciência no Uruguai.