Paula Daniela Franco
, Germán Duarte
, Matías Gomiz
El escenario actual del capitalismo está atravesado por una crisis de reproducción social, en cuyo epicentro se encuentran los sectores de trabajo feminizado. Son las trabajadoras mujeres las que desarrollan tareas de reproducción social en ámbitos de salud, educación, limpieza y espacios socio-comunitarios a cambio de una remuneración que se ve afectada por la precarización laboral. Jornadas de trabajo extendidas, sobrecarga en las tareas, salarios bajos y tareas realizadas en el ámbito del hogar en relación al núcleo familiar que son llevadas a cabo mayoritariamente por mujeres para la reproducción de las personas, particularmente de la fuerza de trabajo. Se reflexiona sobre dimensiones que se vinculan con el salario y la sobrecarga de trabajo (dentro y fuera de la jornada laboral) y su impacto en la familia y en el desarrollo personal de las mujeres de la clase trabajadora. Para ello se tiene en cuenta una metodología de tipo cualitativa donde se analizan 30 entrevistas semi-estructuradas distribuidas en los sectores feminizados mencionados en el AMBA en el año 2022. De esa forma, nos interrogamos acerca de cómo afecta la precarización del trabajo, en cuanto al salario y la sobrecarga de tareas, en el núcleo familiar de las trabajadoras de actividades de la reproducción social asalariada que poseen altas tasas de feminización y nos proponemos explorar de qué modo impacta sus hogares.
The current scenario of capitalism is marked by a crisis in social reproduction, with feminized sectors of work at its epicenter. Women workers perform tasks of social reproduction in fields such as health, education, cleaning, and socio-community spaces in exchange for remuneration affected by job insecurity. Extended working hours, task overload, low salaries, and household chores related to family care predominantly carried out by women for the reproduction of individuals, particularly the workforce, are observed. Reflections are made on dimensions related to salary and work overload (both within and outside working hours) and their impact on the family and the personal development of working-class women. This is approached through a qualitative methodology analyzing 30 semi-structured interviews conducted in the mentioned feminized sectors in the AMBA in 2022. Consequently, we inquire about how job insecurity, concerning salary and task overload, affects the family nucleus of women engaged in paid social reproduction activities, characterized by high rates of feminization, and aim to explore how it impacts their households.
O cenário atual do capitalismo é atravessado por uma crise de reprodução social, no epicentro da qual estão os setores de trabalho feminizado. São as trabalhadoras mulheres que desenvolvem tarefas de reprodução social nos âmbitos de saúde, educação, limpeza e espaços sócio-comunitários em troca de uma remuneração que é afetada pela precarização do trabalho.
Jornadas de trabalho prolongadas, sobrecarga de tarefas, baixos salários e atividades realizadas no ambiente doméstico, em relação ao núcleo familiar, são desempenhadas majoritariamente por mulheres para a reprodução das pessoas, particularmente da força de trabalho. Reflete-se sobre dimensões relacionadas ao salário e à sobrecarga de trabalho (dentro e fora da jornada de trabalho) e seu impacto na família e no desenvolvimento pessoal das mulheres da classe trabalhadora. Para isso, utiliza-se uma metodologia de tipo qualitativa, analisando-se 30 entrevistas semi-estruturadas distribuídas nos setores feminizados mencionados no AMBA no ano de 2022. Assim, questiona-se como a precarização do trabalho, em termos de salário e sobrecarga de tarefas, afeta o núcleo familiar das trabalhadoras de atividades de reprodução social assalariada que possuem altas taxas de feminização, buscando-se explorar de que forma isso impacta seus lares.